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Bebida

As lições da cerveja para o vinho

No final de semana de Carnaval, são poucos os argumentos em direção ao vinho, a não ser para aqueles que não gostam de folia e vão ignorar a festa

Nos vinhos em lata, espumantes e brancos, muitos deles frizantes, são as melhores escolhas. Foto: Alex Silva/Estadão Foto: Alex Silva/Estadão

Neste final de semana de Carnaval, são poucos os argumentos em direção ao vinho, a não ser para aqueles que não gostam de folia e vão ignorar a festa pagã. O mais perto que o vinho pode chegar dos foliões são aquelas latinhas, que pareciam que seriam um sucesso antes da pandemia do Covid, mas ainda não “pegaram” por aqui. São os vinhos em lata, no qual os espumantes e os brancos, muitos deles frizantes, são as melhores escolhas para quem quer uma bebida simples, geladinha, algumas até docinhas, e prontas para acompanhar bloquinhos, avenidas e até a piscina.

Nos vinhos em lata, espumantes e brancos, muitos deles frizantes, são as melhores escolhas Foto: Alex Silva/Estadão

RÓTULO DE CARNAVAL

Dos vinhos, digamos, mais sérios, o carnaval pode entrar como inspiração pelo rótulo. Um exemplo é a nova safra do Devita, um chardonnay de Gualtallary, na Argentina, elaborado sob medida pela vinícola Lagarde para o brasileiro Deco Rossi, hoje sócio da importadora Winet Club, e um apaixonado pela folia – ele já desfilou 13 vezes, entre os sambódromos do Rio e de São Paulo. O rótulo do vinho é um pandeiro, em um desenho com alusões ao carnaval (R$ 195).

Mas se a cerveja é a bebida mais ligada ao carnaval, melhor pensar nas contribuições que o vinho deu a ela, principalmente àquelas de produção artesanal. Atualmente muitos consumidores prestam atenção aos aromas e sabores das cervejas especiais, o que não acontecia no passado. Uma guinness, a famosa cerveja preta, tem notas de café e chocolate; uma witbier é mais cítrica e assim por diante. A ideia de reconhecer as notas aromáticas e gustativas vem das degustações de brancos e tintos.

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AS TAÇAS

Outro ponto são as taças. O vinho começou, de uma forma até elitista, com a indicação de um recipiente de formato ideal para cada um do seu estilo. Uma taça para os vinhos inspirados em Bordeaux, por exemplo, não tem o bojo tão aberto como aquela para os vinhos elaborados com a pinot noir, por exemplo. O austríaco Georg Riedel é a referência nesta área, com linha de taças para uvas tão diversas como a cabernet sauvignon ou uma nebbiolo. Nas cervejas, há também taças específicas para valorizar as principais características de cada estilo, mas o consumidor é muito mais aberto para provar a bebida em qualquer taça – e até em copos.

Há espaço para beber vinho em taça de vidro no Carnaval? Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

É de se perguntar se no Carnaval, com brancos, rosés e tintos mais simples, leves e frutados, qual consumidor vai aceitar tomar um vinho em um copo de vidro? Na cerveja, não há esta preocupação e os copos têm o seu espaço em qualquer balcão.

ESTUPIDAMENTE GELADA

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E na temperatura, a cerveja traz a ideia do “estupidamente gelada”, o que não é certo para nenhuma bebida. O muito gelado faz com que as papilas gustativas não sintam gosto algum. Mas, nos dias quentes deste Carnaval, é só servir gelado e esperar, na taça, a temperatura subir. E boa folia!

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