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Bebida

Brasileira quer trazer os vinhos que faz na Califórnia ao seu país

Ex-figurinista de Hollywood, catarinense produz tintos e rosés com a uva Syrah em Santa Bárbara

Paula Tabalipa. Foto: Tabalipa Wine Co. Foto: Tabalipa Wine Co.

A catarinense Paula Tabalipa trocou o Brasil pela Califórnia ainda adolescente. No começo dos anos 1990, surf lhe falava muito mais ao coração do que as vinícolas da região. Eis que a menina virou figurinista bem-sucedida de Hollywood, mas quase duas décadas depois, achou que a paixão pela gastronomia poderia ser mais divertida do que vestir gente famosa.

Paula estudou culinária, estagiou em restaurantes até que, em 2018, comprou um vinhedo em Santa Ynez, no condado de Santa Bárbara. A antiga propriedade de Hampton Vineyard havia sido plantada na década de 1970 e preenchida sobretudo com a uva Syrah.

Com o passar do tempo (e de proprietários), as vinhas foram esmorecendo, até que a brasileira decidiu botar a mão na terra. Empolgada com a transformação, rebatizou os 30 acres como Living Life Vineyard.

Ver as plantas darem frutos, foi só o pontapé inicial: além de pesquisas e de matricular-se em enologia na Universidade da Califórnia em Davis, Paula colou em Brandon Sparks-Gillis, enólogo da Dragonette Cellars, uma vinícola familiar reconhecida tanto pelos Syrahs quanto por Sauvignon Blanc e Pinot Noir.

Paula Tabalipa nos vinhedos de sua vinícola Tabalipa Wine Co., na Califórnia Foto: Tabalipa Wine Co.

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Resultado? Em 2022 a nova winemaker comemorou a primeira safra da sua Tabalipa Wine Co. com dois Syrahs, um tinto e um rosé. No ano passado, ela lançou a colheita 2023. O destaque foi o rosé, “expressão perfeita da leveza e elegância que buscamos em cada garrafa. Fresco e feito com dedicação, é um convite a celebrar os momentos simples da vida”, define a enóloga.

A saber: o Tabalipa Wine Co. Rosé envelhecido em barril neutro por sete meses mantém uma acidez vibrante. Prensadas nas cascas por apenas duas horas, as uvas atribuem uma coloração alaranjada ao vinho. No nariz, as notas predominantes são de frutas vermelhas maduras.

Nos Estados Unidos o varietal custa US$ 48. A intenção é que ele, assim como o tinto, desembarque no Brasil este ano. “Eu trouxe para a marca um pouco das minhas raízes brasileiras, minha paixão pela natureza e pelo contato com a terra. Isso se reflete também na identidade visual. Nosso logo faz uma alusão estilizada da Araucária, conhecida como Pinheiro do Paraná”, conta Paula enquanto busca viabilizar a exportação.

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