Os drinques são as estrelas dos bares e da vida noturna. Desde as versões do “copão” de festas universitárias até opções mais sofisticadas, as possibilidades do mundo da mixologia são muito variadas, podendo se adequar a todos os gostos e bolsos. Mas nem sempre precisamos sair de casa para adentrar esse universo: segundo a mixologista Stephanie Marinkovic, é possível começar a fazer os próprios coquetéis sem dificuldades e sem gastar muito.
A mixologista, que atua no Bar dos Cravos em São Paulo, compartilhou algumas dicas para ajudar você a iniciar sua jornada no mundo dos drinques em casa de uma maneira eficiente e econômica. Confira alguns dos utensílios, bebidas e dicas básicas para começar a fazer suas bebidas prediletas.
Por onde começar
Para Stephanie Marinkovic, o segredo está no investimento em bebidas de qualidade já de início, que vão ser a chave para construir bons drinques. A presença de bons destilados e fermentados na prateleira foi destacada pela mixologista como um dos fatores que vai tornar possível o preparo desses coquetéis. Além de bebidas com boa qualidade, é também importante investir na qualidade dos itens frescos, como as frutas e folhas presente nas bebidas. “Boas laranjas e bons limões, comprados em hortifrutis ou vendedores de confiança, vão mudar a estrutura dos seus coquetéis para melhor”, explica a mixologista.
Os utensílios também são parte importante para elevar o nível dos seus drinques caseiros. Entre as dicas mais gerais, Stephanie recomenda a pesquisa de produtos com uma boa qualidade e de bom custo-benefício. Entre as possibilidades de lugares para comprar os itens de coquetelaria, ela recomenda a Bartender Store. A Tramontina foi a marca ressaltada pela mixologista como uma boa opção também.
Em quais bebidas posso investir?
Veja as indicações de bebidas essenciais da Stephanie Marinkovic para começar um bar em casa:
Gim: A mixologista recomenda as linhas de entrada da Tanqueray e da Beefeater.
Aperitivos e bitters: Stephanie indica as linhas do Campari, do Aperol e os Amaros da Ramazzotti.
Vermute: A indicação fica com o Carpano Tinto Clássico (para o preparo do negroni ou do boulevardier) Carpano Dry (para fazer dry martini, por exemplo).
Uísque: A especialista indica o uso de um bom “uísque de guerra”, que seriam aqueles de menor preço e próprios para drinques, como as linhas de entrada da Jim Beam. Adiante, também indica o Maker’s Mark, o Jameson, o Talisker, o Singleton e o Ballantine’s. A mixologista recomenda investir nos single maltes e nos uísques de perfil mais defumado (para fazer versões do penicilin, por exemplo).
Que utensílios devo ter?
Entre os itens indispensáveis para quem quer começar a fazer drinques em casa, Stephanie lista a coqueteleira, o mixing glass (uma jarra de vidro com bico que serve para a diluição dos coquetéis), dosador, bailarina (colher longa com cabo em espiral que facilita a mistura dos ingredientes), coadores e peneiras.
Para o preparo e manejo das frutas e itens sólidos, a recomendação é simples: uma faca de cozinha afiada, uma tábua de madeira ou apropriada para corte e um bom espremedor de limão
Em quais drinques apostar?
A mixologista recomenda começar pelos mais clássicos e práticos. Coquetéis como o negroni, boulevardier e o whisky sour podem agradar os paladares mais adeptos ao amargo e são fáceis de preparar.
Entre opções um pouco mais refrescantes, Stephanie recomenda o preparo do Aperol Spritz, do Bellini e do Tea & Lime (feito com chá de pêssego, suco de limão e whisky).
Dica de ouro: o cuidado com o gelo
Quando pensamos em fazer drinques, o gelo pode não ser a primeira coisa a passar pela cabeça, mas com certeza é um dos fatores centrais para um bom drinque, segundo a mixologista. Mesmo que seja possível utilizar o gelo usual nos preparos, ter um gelo translúcido e de grande pureza vai acarretar em coquetéis mais saborosos - gelos de qualidade alteram menos o sabor dos drinques e promovem uma diluição mais suave.
“Hoje você consegue encontrar gelos de qualidade como o da Ice4Pros nos mercados e redes de delivery. É sempre legal ter gelo bem puro e de formatos diferentes, como esferas, cubos e diamantes”, comenta Stephanie.
Dicas para começar a fazer drinques com a sua cara
A criação de drinques autorais não precisa ficar restrita aos profissionais. A experimentação com bebidas pode seguir sempre o seu gosto e a sua criatividade. Para Stephanie, a criação de drinques autorais em casa deve começar pela releitura dos clássicos. Partindo de uma base clássica e simples, pequenas alterações podem ser feitas para mudar o perfil do sabor do coquetel e fazer nascer uma nova possibilidade.
“Deixo de exemplo o whisky sour, que é feito basicamente de uísque, limão e açúcar. Você pode trocar o açúcar por xarope de tangerina e o suco de limão por suco de grapefruit. A partir daí você já tem uma boa releitura - pegue uma base clássica e faça pequenas alterações”, recomenda a mixologista.