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Bebida

Mocktails: nove bares de SP que servem boas sugestões de drinques sem álcool

Impulsionados pela geração Z, bartenders paulistanos têm investido em sugestões caprichadas de coquetéis sem álcool; confira roteiro com alguns endereços

Drink Skaeliton, do Guilhotina Bar, tem cor viva e rodela de fruta em sua decoração. Foto: Madu Oliveira Foto: Madu Oliveira

Já ouviu falar em mocktail? O termo, que é um trocadilho entre as palavras mock (do inglês, imitação) e cocktail (coquetel, em tradução livre), é o apelido dos drinques sem álcool. À primeira vista, os entusiastas de copo e balcão podem até torcer o nariz para os drinques sem base alcoólica, mas o fato é que eles têm se mostrado tão atrativos e saborosos quanto os clássicos da coquetelaria. “Imagina que você vai beber com uma pessoa que está tomando um drinque alcoólico e quer algo sem álcool. Você quer parecer que está acompanhando”, pontua o bartender e apresentador Alê D’Agostino, que assina a carta do Guilhotina Bar e do speakeasy Carrasco.

Impulsionada pelo interesse dos consumidores - principalmente os jovens da geração Z - em saúde e bem-estar, a demanda por drinques sem álcool têm crescido nos bares. De acordo com um levantamento da Datassentials, plataforma de pesquisa norte-americana focada em alimentação e bebidas, a presença dos mocktails aumentou 233% nos cardápios ao redor do mundo nos últimos quatro anos. Por aqui, D’Agostino sentiu a demanda crescer no período de pós-pandemia. E, com isso, os bartenders têm sido encorajado a criar receitas mais caprichadas. “Hoje há um maior conhecimento sobre ingredientes, o que permite a criação de drinques sem álcool tão complexos quanto os alcoólicos. Temos uma infinidade de chás, águas tônicas, xaropes, entre outros”, diz D’Agostino, que também comanda a marca de coquetéis engarrafados APTK.

A mixologista Mia Rossi, que participou da criação da carta de drinques do Riviera e do Bar dos Arcos, observa um aumento crescente no interesse por coquetéis cada vez menos alcoólicos - uma tendência global de consumo consciente. “Isso ocorre não apenas por questões de saúde física, mas também mental e de prevenção à dependência. No Arcos, um coquetel não alcoólico esteve entre os mais vendidos na carta anterior, indicando uma mudança nas preferências dos clientes”, explica ela.

A seguir, confira uma seleção feita pelo Paladar de bares em São Paulo para provar drinques sem álcool:

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Guilhotina/ Carrasco

Skaeliton, do Guilhotina Bar, leva suco de limão, fassionola, além de refrigerante de gengibre Foto: Madu Oliveira

Eleito o 15º melhor bar do mundo pela The World’s 50 Best Bars em 2019, o Guilhotina tem um ambiente pop e descolado. A carta de drinques elaborada por Alê D’Agostino apresenta opções sem álcool como o skaeliton, que leva suco de limão, fassionola (xarope de maracujá com frutas vermelhas e especiarias) e refrigerante de gengibre (R$ 32). E, também, é possível pedir drinques clássicos na versão sem álcool. Quem atravessa as cortinas e sobe as escadas encontra o Carrasco, um surpreendente speakeasy que oferece sugestões sem álcool como o virgin grape perrier, feito com xarope de maçã verde, sucos de limão e de uva e água Perrier (R$ 42).

Onde: R. Costa Carvalho, 84, Pinheiros. 3031-0955. 18h/01h (ter. a sex.) e 17h/01h (sáb.).

Santana Bar

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Banana daiquiri e fitzgerald, do Santana Bar: opções sem álcool adaptadas de clássicos da coqueletaria Foto: Rebeca Freitas

Com uma seleção de coquetéis autorais e clássicos, o bar promove uma experiência customizada. Ali, a clientela pode interagir com os bartenders, que podem transformar a maior parte das sugestões da carta em uma versão não alcoólica. É o caso do fitzgerald (R$ 34), que leva limão-siciliano, açúcar e bittermilk, ou o banana daiquiri (R$ 27), que tem em sua receita xarope de banana, limão tahiti e água de coco. Eles adaptam ainda coqueteis autorais como o ativista (R$ 30), com hortelã, cidreira, chá verde e laranja.

Onde: R. Joaquim Antunes, 1026, Pinheiros. 99105-6699. 17h/23h (seg. a sex.), 14h/23h (sáb.) e 14h/20h (dom.).

Trópico

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Whipala, do Trópico: cor característica da beterraba e sabor surpreendente Foto: Rebeca Freitas

O bar, que destaca os sabores e a cultura do Hemisfério Sul - abaixo do Trópico de Capricórnio -, tem o design inspirado em um modernismo colorido e expressivo. Dos drinques não alcoólicos pode-se destacar o whipala (R$ 26), que combina xarope de beterraba, limão tahiti e água com gás. Com sabor surpreendente, tem uma linda cor característica da raiz. Outra pedida é o rastro de sol (R$ 26), que mistura abacaxi, coco e laranja, em uma interessante combinação. As raspas de coco conferem charme na apresentação do drinque.

Onde: R. Major Sertório, 114, Centro. 18h/23h (seg. a qua.), 18h/00h30 (qui. e sex.), 12h/00h30 (sáb.), 12h/18h (dom.).

Riviera

O drinque sem álcool Mercedes, do Riviera, tem inspiração na América Latina Foto: Divulgação/ Riviera

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O bar de inspiração boêmia e aberto 24 horas por dia tem a carta de drinques assinada pela mixologista Mia Rossi. Repleta de referências latino-americanas, o cardápio incluiu sugestões como o mercedes (R$ 19), feito com cordial de morango com maracujá e limão e o bethânia (R$ 20), produzido com cordial de uvaia com jasmim, mix de limões e xarope de açúcar. Na parte de “softs” do cardápio, há sugestões como o riviera iced tea (R$ 16), com mate tostado, maracujá, limão e capim-santo. Para acompanhar, cai bem a bruschetta de camarão, com maionese secreta e salsa criolla (R$ 52).

Onde: Av. Paulista, 2.584, Consolação. Funcionamento 24 horas, todos os dias.

Infini

O Infini está localizado dentro do tradicional restaurante La Casserole, no centro de São Paulo Foto: Iago Fundaro

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O speakeasy localizado dentro do La Casserole, tem paredes espelhadas e clima futurista - um contraste com a atmosfera tradicional do clássico restaurante francês. A carta de drinques, criada em parceria com a inteligência artificial Bel (acrônimo para Bartender Eletrônica) e bartenders da casa como Rodrigo Roso, inclui o não alcoólico golden hour (R$ 32), com sucos de maracujá e toranja, limão-siciliano, xarope de maçã e canela servido com gelo britado, ou triturado . Também é possível pedir mocktails personalizados.

Onde: Largo do Arouche, 346, República. 19h/0h (qua.), 19h/1h (qui.), 19h/2h (sex. e sáb.).

Bar Alto

Drinque sem álcool Arca, do Bar Alto, é composto por gengibre, limão, hortelã e água com gás Foto: Rebeca Freitas

Com entrada grátis, o Bar Alto tem clima jovem, djs e espaços ao ar livre. Conta com uma pista, palco para pequenos shows e bares com opções de comida. Dentre os mocktails disponíveis estão o marina, que leva abacaxi, gengibre e tônica, além do arca, com gengibre, limão, hortelã e água com gás (R$ 20, cada). Para acompanhar, o cardápio inclui pedidas como o mini hambúrguer vegano de falafel, hortelã, homus e pesto de agrião (R$ 35, 3 unidades).

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Onde: R. Aspicuelta, 194, Alto de Pinheiros. 18h/0h (qua. e qui.), 18h/4h (sex.), 16h/4h (sáb.), 16h/23h (dom.).

Tan Tan

Lady B, do premiado Tan Tan, leva cacau, mate, caju e tônica  Foto: Tati Frison

Listado na 56ª posição do prêmio World’s 50 Best Bars Awards 2023, o Tan Tan, de Thiago Bañares, teve sua carta de drinques desenvolvida em parceria com o head bartender Caio Carvalhaes. De mocktail, eles servem o lady b (R$ 38), que vai cacau, mate, caju e tônica. Há também o tampico (R$ 35), com cordial de acerola e dill, maracujá e elixir de priprioca. Que tal provar também uma guioza de porco (R$ 47, 5 unidades)?

Onde: R. Fradique Coutinho, 153, Pinheiros. 19h/23h (ter. a sex. e dom., exceto último dom. do mês) e 12h/16h, 19h/23h (sáb.).

Bar dos Arcos

Drinque sem álcool pensamento mudo, do Bar dos Arcos, é inspirado na obra homônima de Lygia Clark Foto: Tati Frison

Os mocktails do Arcos são uma boa pedida para um brunch pós programação no Municipal. Chamada de “Geometria Sagrada”, a carta em homenagem a Lygia Clark inclui opções de mocktail como o vazio pleno (R$ 24), que vai chá de aroeira e shrub de abacaxi e o pensamento mudo (R$ 19), um coquetel gaseificado com cordial de maracujá, abacaxi, canela e gengibre.

Onde: Praça Ramos de Azevedo, s/n, República, no Theatro Municipal. Salão Dourado: 11h/16h (ter. a sex.) e 10h/16h (sáb. e dom.). Subsolo: 18h/1h (ter. e qua.), 18h/2h (qui. e sex.) e 18h/3h (sáb.).

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