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Bebida

Saiba como é o Oculto, mais novo speakeasy da cidade

Beba como se fosse ilegal neste bar escondido na Vila Madalena

Dirty Girl Martini do Oculto. Foto: Ana SchadFoto: Ana Schad

Vamos ser francos, nos anos 1920, com a Lei Seca, segredos eram obrigatórios. Porém, em 2024, é bem difícil esconder um endereço. Mesmo que seja o de um speakeasy. No entanto, há maneiras de manter a aura de mistério e a exclusividade de um bar. Conseguir a senha de acesso via direct do Instagram é o primeiro passo. Ser bem cuidado no balcão, é outra.

Se o novo Oculto comporta 24 convivas de uma vez, o balcão se restringe a meia dúzia de bebedores. De trás dele, ficam dois experts – Spencer Amereno e Cristiana Negreiros. Spencer despontou em São Paulo há mais de uma década, no precocemente falecido MyNy Bar. Consagrou-se no saudoso Frank e, recentemente, passou pelo Guilhotina.

No fim das contas, o premiado mixologista provou que gosta mesmo é de estudar a história da coquetelaria, aperfeiçoar as próprias criações e, se tiver que lidar com gente, que seja num esconderijo o mais intimista possível.

Se o bartender está feliz com a nova toca, sua parceira, Cris, mais afeita ao tête-à-tête, está de sorriso e sugestões a postos: “Que tipo de drink você costuma tomar? A gente tem recomendado o Gaudí, que leva uísque single malt, triple sec, limão cravo e taiti, especiarias e hortelã para começar (R$ 46)”.

Uma espiada no ambiente do semi-clandestino Oculto, novo speakeasy da Vila Madalena Foto: Comidah

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O nome do coquetel homenageia o catalão que inspira a arquitetura do Oculto. Um projeto que na realidade vem da década de 1990 e remete ao Matterello, um italiano moderninho para a época. Um projeto com formas naturais, como as de árvores, que de uns anos para cá é cenário no showroom de uma destilaria brasileira, a San Basile.

Com o novo inquilino, a produtora artesanal ocupa somente um espaço no fundo do novo speakeasy da Vila Madalena, mas tem suas garrafas espalhadas por todo o ambiente. Com ajuda delas, aliás, a barwoman prepara a grande aposta da casa, o Amor e Espresso (R$ 42).

“O espresso martini é uma tendência mundial, mas a gente faz do nosso jeito, com um licor de café transparente da San Basile e uma espuma de café, que dá esse aspecto bicolor. Para acompanhar, assamos uns biscoitinhos especiais”, conta Cris.

Martini menos pop, o Dirty Girl (R$ 48) traz azeitonas recheadas e água extra da salmoura, para quem quiser sujá-lo um bocadinho mais. Os goles funcionam como desculpa para se arriscar num belisquete, caso das croquetas de cupim com maionese trufada (R$ 29).

Embora a carta do Oculto não exiba uma seção de mocktails, o Shirley Temple é boa alternativa. À base de xarope caseiro de romã com especiarias, limão e água tônica, ele é coroado com uma nuvem de laranja.

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A espuma flutuante é uma brincadeira com um dos maiores clássicos do espanhol Paradiso, já eleito o melhor bar do mundo. No colega de Barcelona, vale dizer, The Cloud é um coquetel que alia mezcal e hibisco, mas que ganhou fama graças a sua nuvem de café. Já no Oculto, a de laranja é a chance de, mesmo sem uma gota de álcool, sentir-se altinho.

Oculto

R. Fidalga, 120, Vila Madalena. Qua., das 19h à 1h; qui. a sáb. das 19h às 21h30 e das 22h à 1h. Reservas: www.getinapp.com.br/sao-paulo/castelinho ou via @castelooculto no Instagram

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