“Vai querer caipirinha do quê?” Certamente você já ouviu essa pergunta tão comum nos bares brasileiros e provavelmente não achou nada de mais. Afinal, para a maioria de nós, a caipirinha é um drinque versátil, que pode ser oferecido com variações tanto em relação às frutas quanto ao destilado usado. Caipirinha de morango, de kiwi ou maracujá, caipirinha de vodca, caipisaquê ou a velha e boa receita com cachaça. As versões são comuns e muitos chegam a preferir caipiroscas e caipisaquês à caipirinha tradicional. Mas será que as diferentes opções do coquetel podem, de fato, ser chamadas de caipirinha? Perguntamos a dois bartenders o que pode ser caracterizado como a verdadeira versão do drinque - e a resposta é surpreendente.
A verdadeira caipirinha é feita com cachaça e limão
O bartender Laércio Zulu crava: a verdadeira caipirinha leva cachaça, açúcar, gelo e limão. “É difícil explicar isso para a maioria das pessoas, que acredita que qualquer mistura alcoólica com fruta pode ser uma caipirinha. Isso não é verdade”, destaca o bartender.
Apesar disso, Zulu destaca que a popularização de versões alternativas do drinque têm um motivo claro. “As popularização das novas ‘roupagens’ dadas à versão tradicional da bebida, na maioria das vezes, foram impulsionada por campanhas de grandes marcas”, disse o bartender.
O bartender Leandro Santos, conhecido como MussumAlive, faz questão de lembrar também que a caipirinha de limão é a verdadeira de acordo com a legislação brasileira. “Existe um decreto de 2003 que decreta que a caipirinha é uma bebida feita exclusivamente com cachaça, limão e açúcar. Ou seja, pela lei, a verdadeira caipirinha é única e exclusivamente uma bebida feita com estes ingredientes”, disse Leandro.
É claro que as variações, apesar de não poderem ser chamadas de caipirinhas, podem render ótimos drinques. “Existe a caipirosca, a caipisaquê, e até a caipiwhisky. No final, cada um escolhe a combinação que mais te agrada”, conclui Leandro.