Café O Brasil sempre foi um dos maiores produtores de café do mundo. Mas foi só na última década que a qualidade deixou de ser restrita a alguns poucos produtores e ganhou o País. Cultivos mais bem cuidados, com variedades selecionadas, técnicas de secagem e torra, seleção de grãos tornaram-se mais comuns. Baristas treinados ganharam mercado. O café expresso em casa virou mania, impulsionado pela chegada da máquina da Nespresso em 2006, que puxou a onda de cafeteiras domésticas. Mais recentemente, o café coado voltou à moda. Tirado ou coado, o fato é que nunca se bebeu tanto café bom como nos últimos dez anos.
Cachaça A nossa aguardente também ganhou espaço entre 2005 e 2015. Barmen passaram a valorizar a cachaça, e alguns restaurantes montaram cartas da bebida. O Ranking da Cachaça, publicado em primeira mão pelo Paladar em 2014, foi um marco do prestígio que a bebida ganhou recentemente.
Mel Jataí, uruçu, mandaçaia: os nomes dessas e outras dezenas de abelhas nativas brasileiras nunca foram tão conhecidos – o assunto foi tema de algumas edições do Paladar. Elas produzem um mel leve e delicado que começou a entrar em cozinhas de chefs por todo o Brasil. A luta, porém, continua: a legislação para o comércio de mel no País ainda não reconhece como deveria esses meles.
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Pão de levain O método é milenar, mas só recentemente é que a fermentação natural entrou de vez no nosso cotidiano. Pães feitos com levain, o levedo natural, deixaram de ficar restritos às antigas padarias italianas e ganharam padarias e restaurantes. A bem-vinda moda dos pães casca-grossa, perfumados e saborosos veio para ficar.
Peixe Nossa costa é amplíssima, mas nossa cadeia do pescado ainda é precária. Nos últimos anos, porém, a gastronomia começou a olhar para essa cadeia, exigindo mais qualidade. Em 2014, o Paladar mostrou como é difícil achar peixe fresco em São Paulo. Chefs vêm se articulando para isso.
Azeite A onda é recente, mas promissora: azeites extravirgens de qualidade estão surgindo em regiões do Brasil. Neste ano, o País participou de salão internacional na Espanha.
Carne Nesses dez anos, mudou a forma como comemos carne. Com a melhoria genética e a maior exigência do consumidor, cortes antes ditos pobres viraram nobres.
Sal Flor de sal não é exclusividade europeia, nem precisa ser importado: do Rio Grande do Norte, começaram a surgir no mercado sais nacionais de alta qualidade na última década.
Chocolate Assim como na cadeia do café, o Brasil finalmente deu mais atenção ao chocolate. Os primeiros chocolates de origem apareceram no Brasil nos últimos dez anos – em 2008 o Paladar registrou a produção do Serra do Conduru. De lá para cá, cada vez mais plantações de cacau mereceram cuidado.
Queijo A revolução queijeira está em pleno desenvolvimento – e o Paladar vem registrando cada passo desse movimento na última década. Serra da Canastra já entrou para o vocabulário de todo mundo, e a cada semana aparece um novo queijo pelo País.
>>Veja a íntegra da edição especial de aniversário de 24/9/2015