Elvis Presley, um dos nomes mais absolutos e unânimes da música em todo o mundo, acaba de ganhar um filme para chamar de seu. Dirigido por Baz Luhrmann (Austrália, O Grande Gatsby) e protagonizado por um irreconhecível Austin Butler (Zoey 101), Elvis mergulha na formação musical do astro do rock e nos anos de sucesso nos palcos. Estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 14.
Ao longo de mais de 160 minutos de duração, a produção apresenta vários pontos de interesse na vida do Rei do Rock. A relação com Priscilla, a influência vinda da cultura negra, o preconceito que sofreu e, até mesmo, perseguição de poderosos do governo dos Estados Unidos que não queriam vê-lo rebolando e requebrando na tela de suas TVs.
Mas tem uma curiosidade gastronômica divertida (e bastante inusitada) que passa à margem do longa-metragem: a comida preferida de Elvis. Esqueça os hambúrgueres tradicionais, mac’n’cheese, hot dog, pizza ou batata frita -- geralmente, as comidas citadas por americanos quando se trata do prato preferido. Elvis amava um lanche nada usual.
A comida preferida de Elvis Presley
A combinação perfeita para o Rei do Rock era uma verdadeira (e assustadora) bomba calórica com dois pães, uma porção generosa de bacon para substituir o hambúrguer, muita manteiga de amendoim e banana assada -- que, por vezes, também é substituída pela tradicional geléia de frutas que casa perfeitamente com o creme de amendoim.
E não, essa ideia de juntar tudo isso em um lanche não nasceu da mente criativa de Elvis. Conta a lenda, registrada no excelente O Livro dos Mortos do Rock, que o lanche Fool’s Gold -- como é chamado oficialmente -- nasceu no estado americano do Denver, na cozinha do restaurante Colorado Mine Company. Depois, virou estrela quando Elvis passou por lá.
Foi depois de um show na região que a produção fechou o restaurante, pouco antes de Elvis pegar o avião e tomar o rumo de casa. Quando o atendente veio anotar o pedido, o Rei do Rock perguntou o que tinha de bom na casa e o garçom imediatamente sugeriu o tal Fool’s Gold. Foi amor à primeira vista. Desde então, se tornou a comida preferida de Elvis.
Não é à toa que, durante uma aniversário da filha Lisa Marie, Elvis pegou seu jato particular e foi de Graceland para Denver só para comprar sanduíches para servir durante a festa.
Infelizmente, o Colorado Mine Company não existe mais, mas o lanche é servido em vários lugares ao redor do mundo. No Brasil, especificamente para comemorar o lançamento do filme, a lanchonete Milk & Mellow da Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 101, está servindo o lanche. Custa R$ 48,50 e surpreende -- apesar do sabor pouco comum da pasta de amendoim, é gostoso no paladar sentir a banana fatiada na chapa e o bacon, aos montes, consegue fazer as vezes de hambúrguer.
E o filme também vale a pena…
Ainda que não tenha nenhuma cena com o lanche em si, fica a dica: Elvis é um filmaço. O diretor Baz Luhrmann consegue conter um pouco a vaidade de se colocar toda hora presente em cena e cria um caleidoscópio divertido sobre o músico. Não espere apenas boas apresentações musicais, mas também um drama potente e com cenas marcantes.
Austin Butler, que causou certa dúvida quando foi escalado para o papel por sua pouquíssima experiência, é a alma do filme. Encarna Elvis, em voz e gestos, e faz parecer, em alguns momentos, que estamos assistindo a um documentário -- o primeiro show no International Hotel é impressionante tamanha semelhança entre ele e o Rei do Rock.
Vale a pena assistir com um balde de pipoca do lado ou, se preferir, o lanche com pasta de amendoim, banana fatiada e bacon, mergulhando ainda mais nas manias de Elvis Presley.