Pão francês, rosbife, tomate, pepino em conserva e quatro tipos de queijos derretidos, são esses os ingredientes que formam o tradicional bauru. Nascido em 1937 da mente do estudante de direito Casimiro Pinto Neto, um bauruense, que pediu ao chapeiro da lanchonete, que viria a ser chamada de Ponto Chic, para fazer um lanche que valesse como uma refeição completa.
Criado bem ali no Largo do Paissandu, pertinho do Theatro Municipal, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e na esquina com a Avenida São João, o bauru e o Ponto Chic carregam consigo muita história. O proprietário Rodrigo Alves conta que quem deu o nome à casa foi um de seus fiéis frequentadores, Oswald de Andrade, que se referia ao lugar, ainda sem nome, como “aquele lugar chique”, por sua arquitetura sofisticada para a época.
Frequentadores ilustres
“Um reduto da boemia paulistana, dos estudantes de direito, da Revolução de 32, muitas histórias da cidade de São Paulo aconteceram aqui dentro [do Ponto Chic], a mais lendária sendo a invenção do bauru”, comenta o proprietário que já é a quarta geração no comando da casa.
Ao entrar na unidade do Paissandu, é possível ver nas paredes alguns rostos familiares e que fazem parte da história da cultura do país e, sobretudo, de São Paulo. Retratos colocados próximos às mesas cativas de cada um, mostram os lugares de preferência de Tarsila do Amaral, Monteiro Lobato, Oswald de Andrade, .
Bauru: o sanduíche de São Paulo
Um sanduíche que é a cara de São Paulo, o bauru tornou-se Patrimônio Cultural Imaterial do Estado em 2017. “É um sanduíche inventado por um bauruense, feito aqui em São Paulo e sem influências estrangeiras, é genuinamente o representante da culinária paulista”, completa Rodrigo Alves.
Para comer essa delícia, basta ir a uma das três unidades do Ponto Chic ou fazer em casa com a receita que já está disponível em Paladar.