Apresentar Cédric Grolet sem mencionar os números por trás do confeiteiro francês que virou fenômeno nas redes sociais é missão tão difícil quanto tentar resistir ao apelo visual dos doces ultra-realistas criados por ele. Vamos, portanto, à tentação irresistível... Pra começo de conversa, o confeiteiro francês é uma celebridade. São quase 12 milhões de seguidores no Instagram e 8,5 milhões no Tik Tok.
Seus negócios contabilizam 13 pontos de operação, entre lojas próprias e localizadas em hotéis como o icônico Le Meurice, onde teve a oportunidade ser pupilo de ninguém menos que o lendário chef Alain Ducasse, que ofereceu a ele a oportunidade de ouro de criar as sobremesas do menu da cozinha comandada por ele.
A loja queridinha de Cédric é a maior delas: a Cédric Grolet Opéra, nas redondezas do famoso teatro Opéra de Paris. Quem passa férias no badalado balneário de Saint-Tropez também pode provar seus doces. Da mesma maneira que habitantes e visitantes de cidades como Londres e Cingapura, onde montou seu mais recente empreendimento, também podem adquirir em suas lojas um doce instagramável para chamar de seu. É conquistar o mundo por acúmulo de territórios que chama, né?
Na quinta-feira, 12, Cédric realizou uma série de eventos presenciais para divulgar uma loja popup da Hering, aberta na Rua dos Pinheiros, em São Paulo, até o dia 24 de dezembro. Grupos de jornalistas e influenciadores digitais puderam assistir ao vivo a montagem de um doce do chef inspirado no bom e velho panetone do Natal.
Ele estava acompanhado de alguns de seus fiéis escudeiros da cozinha, ao todo ele comanda uma equipe de 500 funcionários, olha aí os números gritando outra vez… Enquanto montava o doce perfeito, preparado com rodelas de panetone artesanal entremeadas por camadas de mousse de chocolate amargo e porções de suculentos cremes preparados com quantidades equilibradas de açúcar e castanhas brasileiras, Cédric matou algumas curiosidades dos presentes.
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Contou que o primeiro vídeo que viralizou em suas redes foi um em que aparecia “chuchando” um pan au chocolat no capuccino. E, antes que você pergunte, sim, a dobradinha é servida em seus estabelecimentos na vida real. Recentemente, Cédric repetiu a fórmula campeã de audiência com um panetone recém-saído do forno devidamente mergulhado na xícara de capuccino (duas ações simultâneas que fariam um italiano raiz desmaiar de desgosto) e lá se foram mais de 10 milhões de visualizações para a conta.
Cédric é um fenômeno não só midiático. Mas também de empreendedorismo. Aos 39 anos, é detentor de um império gastronômico. E se hoje dinheiro não é uma questão para o confeiteiro, a falta dele na infância teve papel relevante. O hábito do pãozinho mergulhado no leite, por exemplo, vem de berço. A avó que o criou costumava adicionar água ao leite do café-da-manhã da casa para fazer a bebida “render”. O pãozinho mergulhado no líquido, tornando-o mais encorpado, portanto, era um momento de glória que Cédric levou para a vida toda.
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Em uma análise de momento, é possível afirmar ainda que Cédric lida com seu ramo de atuação com a seriedade de um veterano e a liberdade criativa de uma criança criada fora das redes sociais. Em uma visita ao Mercado Municipal de São Paulo, avistou uma atemóia e acho a fruta parecida com um Pokémon. Praticamente um infante, com os olhos abertos a tudo e a todos. Atento a detalhes como o formato das frutas e das flores ao seu redor. Quem seria o melhor confeiteiro do mundo na opinião dos fãs? Uma pessoa hoje bastante influente, que deixa-se influenciar pelo que há de mais prosaico em um mundo que adora ser seduzido pelo fantástico.