A célebre escola de gastronomia francesa Le Cordon Bleu finalmente desembarca em São Paulo no próximo mês. A instituição, que formou chefs do mundo todo, teve duas tentativas anteriores de se instalar no País: a primeira, em Brasília, anunciada em 1998, e a segunda, no Rio, em 2012. Nenhuma saiu do papel.
A inauguração da escola em São Paulo está marcada para o dia 8 de maio e haverá aulas a partir de 21 de maio. Cercada de segredos, a sede construída na Vila Madalena – na rua Natingui – conta com sete cozinhas profissionais, auditórios e biblioteca.
Para comandar a implementação do instituto por aqui, a empresa trouxe o chef Patrick Martin, que se encarregou da abertura de unidades da escola no México e no Japão, entre outras. Ele diz que para que as “cruzadas” do instituto sejam efetivas mundo afora, são necessárias adaptações para cada mercado. As técnicas e receitas da escola, celebradas há uma centena de anos, se unem a ingredientes e referências daqui. Patrick explica que não existe uma “imposição do estilo Le Cordon Bleu e sim uma troca de experiências”.
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Com o objetivo de ajudar a encontrar essa cara brasileira para a marca, Renata Braune terá missão importante. A chef será responsável pela cozinha de preparo e produção da escola, ajudando no desenvolvimento e na adaptação de receitas. Por ser ex-estudante da casa, Renata também servirá como uma guia para seus colegas. A Cordon Bleu São Paulo oferece formação em Cozinha e na Pâtisserie. Os dois cursos possuem três níveis de certificação: básico, intermediário e superior. Quem cursa os dois caminhos na sua totalidade obtém o maior certificado emitido pela escola, o Grande Diploma. O curso completo custa R$ 143 mil.
Com diversos concorrentes competitivos no mercado, como a Anhembi Morumbi e o Senac, a gigante francesa aposta suas fichas na tradição e na possibilidade de livre trânsito de seus estudantes por todas as unidades da escola ao redor do mundo.
Apesar da inauguração em São Paulo, a instituição garante que os planos de abrir unidade no Rio continuam em pé. A unidade carioca, que conta com uma parceria com o Governo do Estado, teve atrasos no cronograma de obras e não tem previsão de abertura.
Conhecida por atrair estudantes para a Europa, a casa tem investido na ampliação de sua estrutura física pelo mundo – já são 35 institutos em 20 países.