Um jantar preparado por Laurent Suaudeau em sua escola em São Paulo, na semana passada, marcou a noite de premiação da Academia Brasileira de Gastronomia. Fundada em 2001 e filiada à Academia Internacional de Gastronomia, criada nos anos 80 em Paris, a entidade homenageou os chefs Alex Atala e Rodrigo Oliveira, o sommelier Manoel Beato, a historiadora Rosa Belluzzo e o sociólogo Carlos Alberto Dória. Atala recebeu o prêmio máximo, o Art de la Cuisine, votado internacionalmente e entregue em outros anos para nomes como René Redzepi.
Prêmio. Rodrigo Oliveira, Manoel Beato e Alex Atala entre os homenageados. FOTOS: Roberto Seba/Estadão
As outras categorias são votadas em âmbito nacional e depois referendadas pela entidade em Paris. Rodrigo ganhou o prêmio chef do futuro; Beato, o de sommelier; Rosa, o de literatura gastronômica pelo livro Arte da Cozinha Brasileira, obra iniciada por Leonardo Arroyo (morto em 1985); e Dória, o multimídia, pelo blog E-Boca Livre. Em 2009, Helena Rizzo recebeu o prêmio chef do futuro.
O propósito da academia é difundir o conhecimento gastronômico e defender a cultura brasileira. Entre as bandeiras atuais estão o mapa das indicações geográficas no País e a inclusão da gastronomia como disciplina optativa no currículo escolar. De forma prática, a atuação se dá por meio de conversas com ministérios, secretarias e deputados. “A academia deve atuar como mediador do conhecimento, como fazem outras. Não queremos ser um museu”, diz Enio Miranda, diretor de Relações Internacionais da entidade.