Tudo bem que o queijo é o protagonista absoluto, reinando sozinho e imponente na Feira de Produtos de Terroir, que acontece no II Mundial do Queijo do Brasil, entre os dias 15 e 18 de setembro, em São Paulo. No entanto, um outro personagem chega com força nas procuras e é facilmente encontrado nas sacolas que vão de lá pra cá: o doce de leite.
Casamento com o queijo quase tão perfeito quanto acontece com a goiabada, o doce de leite é encontrado na feira em várias versões -- todas elas saborosas, de comer rezando. É o caso do doce de leite oferecido pela queijaria Senzala. Além dos queijos feitos com leite cru, a casa também oferece um saboroso doce de leite com mandioca, receita da bisavó.
Na entrada da feira, o Caminho do Queijo Paulista, coletivo com 13 produtores do interior de São Paulo, também traz um doce de leite saborosíssimo, feito com leite de búfala. “É um tipo de doce de leite não tão comum e isso é muito legal. Cada leite, de cada animal, vai ter uma certa propriedade diferente”, diz Mariane Takahashi, representante do Caminho.
Já a Rocca, no fundo da feira, trabalha unicamente com a doce iguaria. Já são oito anos de estrada da marca original de Pouso Alegre, interior de Minas Gerais. Ainda que use leite de vaca convencional, percebe-se diferença na cor, textura e sabor: é um doce de leite mais escuro, cremoso e não tão doce, agradando até aqueles que não são fãs de sobremesas.
O motivo disso é explicado por Estéfano Moreira, representante da marca. “A gente quer resgatar a memória daquele doce de leite feito no tacho. Usamos apenas açúcar, leite e bicarbonato de sódio. Não usamos conservantes, nem espessantes. Ele fica no tacho por mais tempo, por isso traz essa cor mais escura”, explica. “É um mercado em crescimento”.