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Itália quer punições mais duras contra fraude de azeite

Decreto que pretende proteger azeite extravirgem italiano prevê punições para produtores, lobistas e plantadores

 . Foto: Andrew Scrivani|The New York TimesFoto: Andrew Scrivani|The New York Times

The New York Times

Parlamentares italianos votaram quinta-feira (10) emendas para tornar mais duro um decreto-lei que, segundo produtores de azeite, descriminalizaria a falsificação do óleo. O decreto visa a regulamentar as penalidades para a falsificação de azeite e determinar as origens do produto. Um exemplo de fraude é declarar que o óleo é 100% azeite extravirgem italiano se, de fato, contiver azeitonas de outros países.

Quando o decreto foi redigido, produtores, lobistas e plantadores de azeitona temeram que as punições penais fossem suplantadas por multas que, embora aparentemente altas, acima de US$ 10 mil, não desencorajariam fraudes de milhões. "Toda a indústria do azeite era contrária ao decreto como estava redigido", disse Colomba Mongiello, uma parlamentar que pressionou pelas modificações.

  Foto: Andrew Scrivani|The New York Times

A promoção do autêntico azeite "made in Italy" é prioridade do governo do primeiro-ministro Matteo Renzi e "não é o momento de baixar a guarda para a falsificação e a fraude", afirmou Colomba. "É importante que se puna qualquer um que manche a imagem da Itália no exterior."

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As comissões também votaram sanções mais duras contra o uso de rótulos falsos e por um adendo proibindo infratores contumazes de produzir azeite por no mínimo seis meses.

As fraudes com azeite aumentaram drasticamente no ano passado, após uma colheita fraca, uma infestação de moscas-da-azeitona e doenças nas oliveiras.

A Itália mantém uma grande equipe de investigadores debruçando-se sobre fraudes com alimentos. "O controle aqui é maior que em qualquer outro país", diz Colomba. "Zelamos por nossos produtos."

Alberto Grimelli, agrônomo e editor do website Teatro Naturale, diz que, no fundo, o objetivo é proteger a reputação dos alimentos e bebidas "made in Italy".

"As comissões parlamentares entenderam, corretamente, que a credibilidade do azeite italiano, particularmente no exterior, repousa nesse decreto", escreveu Grimelli. "Portanto, cobraram do governo que modifique o texto de modo a dificultar seriamente as coisas para os fraudadores."

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/ Tradução de Roberto Muniz

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