Biscoito ou bolacha, eis uma discussão eterna de regionalismo que cheira a fla-flu. A explicação sobre os termos poderia tomar todas essas linhas, mas tanto faz como queira chamar esses quadradinhos doces aí ao lado. Fato é que quatro alunas do Mackenzie iniciaram um projeto no curso de tecnologia em gastronomia e, ao final deste semestre, acabaram com uma empresa na mão, a Biscoiteria Keks, lançada no último mês.
Focada na cozinha paulista, a marca faz quatro sabores de biscoitinhos crocantes, com cerca de 4 cm por 4 cm, com ingredientes nativos. O de cambuci (fruto azedinho) tem massa de trigo misturada a um pouco de farinha de cambuci, recheado de geleia de cambuci, numa brincadeira doce-azeda. Já o biscoitinho de milho leva geleia de araçá, uma prima distante da goiaba e também de boa acidez. A massa mistura trigo com farinha de milho em flocos, que agrega ainda mais crocância. O de jatobá tem um pouco de farinha desse fruto de sabor intenso na massa e recheio de ganache de café. Por fim, o sequilho de araruta (tubérculo) é o único que não tem recheio, e faz boa companhia a um café (poderia ser só um pouco mais aerado).
Os primeiros testes começaram em março, e a maioria dos ingredientes foram encontrados no Instituto Atá no Mercado de Pinheiros, como as farinhas de araruta e de jatobá. Outros, como cambuci e araçá in natura, vêm de sítios no interior do Estado. Gesiê Castro, Pamela Meira, Juliana Vieira e Andressa Alves tiveram entre os orientadores a professora e confeiteira Joyce Galvão. “Pelo apreço que o brasileiro tem com bolachinhas, é uma maneira de aproximar o consumidor de nossas frutas nativas”, diz Joyce. Feitos na casa de Gesiê, os biscoitos são entregues por correios em três tamanhos de latinha: P (R$ 15; 130g), M (R$ 25; 230g) e G (R$ 35; 330g).
SERVIÇO
Biscoiteria Keks
Tels.: 98298-0172 e 98412-1309
E-mail: