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Os primeiros azeites do ano já estão chegando

Oliq e Borriello, da Mantiqueira, e Ouro de Sant’Ana, do RS, iniciaram a extração e lançaram a pré-venda do novello, o primeiro azeite sem filtragem ou decantação

 . Foto: Hélvio Romero|Estadão Foto: Hélvio Romero|Estadão

Como aconteceu no ano passado, o amanhecer do mês de fevereiro deu início à colheita de azeitonas para os primeiros azeites do ano na Serra da Mantiqueira. E, inusitadamente, com uma antecipação de pelo menos 15 dias na colheita, o Rio Grande do Sul também se lançou ao campo.

  Foto: Hélvio Romero|Estadão

Marcas como Oliq e Borriello, da Mantiqueira, e a gaúcha Ouro de Sant’Ana iniciaram a extração na última semana, já lançando a pré-venda do novello, como é chamado na Itália o primeiro azeite sem filtragem ou decantação. Ele guarda resíduos de azeitona e tem vida útil curta, mas em compensação é fresquíssimo e apresenta a maior intensidade de sabores e aromas que um azeite pode ter. Quanto mais jovem, melhor.

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Essas garrafas devem ser entregues na primeira semana de março. Depois, os azeites convencionais (filtrados e decantados) demoram mais ou menos um mês para chegar às prateleiras da cidade. Para os azeites da Mantiqueira, a compra pode ser antecipada pelo site do empório Rua do Alecrim; para o Ouro de Sant’Ana, direto com a própria marca.

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Além de maior variedade de marcas, o mercado deve receber mais garrafas da Mantiqueira neste ano. A expectativa é que a produção no Sudeste quase dobre os 42 mil litros de azeite produzidos no ano passado e chegue a pelo menos 80 mil litros, segundo estimativas da Assolive (Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira) e da Epamig (empresa agropecuária de Minas).

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“Todos os anos a estimativa de produção é maior que a do ano anterior porque as oliveiras ainda estão crescendo, áreas novas são plantadas, há mais azeitonas. Nos próximos 15 anos, devemos ter produções crescentes, observadas as condições climáticas”, diz o engenheiro agrônomo Luiz Fernando Oliveira, coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Epamig.

O novello da Ouro de Sant'Ana Foto: Ouro de Sant'Ana

No Rio Grande do Sul, onde está a maior área plantada do País, houve uma quebra de safra por razões climáticas e a estimativa é extrair em torno de 65 mil litros de azeite ante os 55 mil litros do ano passado, diz Eudes Romano Marchetti, presidente do IbraOliva (Instituto Brasileiro da Olivicultura).

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“No Brasil todo, devemos chegar a uns 170 mil litros. Tivemos ganho com a Mantiqueira, onde o clima está bem melhor”, afirma ele, que também é produtor, dono da marca Prosperato. 

SERVIÇO

Oliq (R$ 51,90; 250 ml) e Borriello (R$ 53,90; 250 ml), na Rua do Alecrim.

Ouro de Sant’Ana (R$ 35; 250 ml), em olivopampa@olivopampa.com.br.

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