Existem centenas de tipos de tomate no mundo. Há variedades mais ácidas e outras mais doces. Alguns mais carnudos e outros com mais polpa. Saber escolher o tipo certo para a receita certa pode fazer a diferença.
No Brasil, um dos tipos mais comuns é o santa cruz (ou santa clara) e sua versão híbrida, o débora. Há também os tomates tipo salada, como o caqui ou o caquizão, o momotaro, o cereja e o longa-vida (cármen). Para molho, os mais usados são o italiano e o holandês (de cacho).
Diferentemente de outros países, onde há tomates das mais variadas cores - amarelo, roxo, laranja e rajados -, no Brasil os vermelhos ainda são os preferidos.
Como regra geral, o ideal é selecionar frutos maduros (ou quase), firmes e íntegros, sem rachaduras ou manchas. Mas a escolha do tomate depende do uso que ele terá na cozinha.
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● Caqui
Grande, com muitos gomos, macio e firme ao mesmo tempo. De cor vermelho-intensa, é ideal para comer ao natural, em fatias - ou seja, é o tomate perfeito para saladas. Prove com mussarela de búfala, anchova e azeite. Outra opção, é servi-lo com um molho pesto de salsinha, que você aprende a fazer aqui.
● Momotaro
A produção limitada torna esse tomate de origem japonesa um dos mais caros do mercado. Rosado e de sabor adocicado, é próprio para salada. Fica bom até puro, sem tempero.
● Débora
Facilmente encontrado nas feiras e mercados, é um dos melhores tomates para fazer molho - a receita está aqui. Quando maduro fica bem vermelho, com bastante polpa e pouca acidez. Também funciona para fazer brusquettas al pomodoro.
● Holandês
O fruto é vendido em cachos exatamente como é colhido no tomateiro. Tem baixa acidez e alto teor de açúcar. Pode ser consumido cru, em molhos ou assado, como nesse arroz de "frutos da terra".
● Carmem
Indicado para salada, ele é redondo-achatado e de cor vermelha-amarelada. Chega a durar até 20 dias, mas seu sabor deixa muito a desejar. Por ser bem firme, é perfeito para o preparo de tomates recheados.
● Italiano
Alongado, carnudo, firme e saboroso. Pode ser usado em salada e, quando maduro, é excelente para fazer tomate seco, molho e até suco (para ser usado em bloody mary).
● San Marzano
A carne é firme, espessa, suculenta, bem vermelha, com delicada doçura natural e baixíssima acidez. O italiano san marzano tem a fama de ser o melhor tomate do mundo. Deu vontade de comer um destes, bem madurinho, só com sal e um fio azeite? Esqueça. Lugar de san marzano é na lata - sem pele e sem semente. Ou na panela do molho. Para receber o selo de autenticidade do Consorzio San Marzano, o tomate precisa ser cultivado na área de Denominação de Origem Protegida (D.O.P.), que se estende pelas províncias de Salerno, Nápoles e Avelino, uma região de solo vulcânico, muito rico em nutrientes e levemente mais quente que o de outras regiões, o que favorece o cultivo, e ser enlatado na D.O.P.
● Cereja
Esse minitomate é adocicado, tem sabor acentuado e muita água. Perfeito para saladas, aperitivos, canapés, finalizações de molhos e decorações de pratos. Explode na boca. Experimente servi-lo em espetinhos caprese, com mussarela de búfala e uma folhinha de manjericão.
● Pera
Mais um minitomate levemente ácido e doce. Rende aperitivos, saladas, lanches e molhos de preparo rápido, com azeite extravirgem, flor de sal e ervas frescas.
* Publicado em maio de 2017 e atualizado pela última vez em novembro de 2019.