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Comida

Queijeiros fazem feira gratuita em São Paulo no começo de agosto

Feira do Caminho do Queijo Paulista reúne produtores, marcas artesanais, mesas redondas e música ao vivo na Unibes Cultural

Queijeiros paulistas se reúnem para evento gratuito. Foto: Rodrigo Resende/Mariane TakahashiFoto: Rodrigo Resende/Mariane Takahashi

Nos próximos dias 3 e 4 de agosto, a Unibes Cultural vai sediar a 5ª edição da Feira do Caminho do Queijo Paulista – iniciativa criada pelo coletivo formado por 16 produtores que, há 7 anos, se uniram com o objetivo de difundir e trazer ainda mais visibilidade à produção queijeira do estado de São Paulo, reconhecida como referência nacional e internacionalmente.

Além da participação dos criadores do projeto, a nova edição do evento, que este ano acontece pela primeira vez na Unibes Cultural, contará com a presença de outros 30 expositores gastronômicos que também partilham da filosofia da valorização dos ingredientes locais, do trabalho dos pequenos produtores e da preocupação com os processos artesanais e cuidados no desenvolvimento dos produtos.

“Nosso propósito é aproximar o mercado e os consumidores dos pequenos produtores em um momento em que o interesse pelos produtos artesanais, sobretudo os queijos, vem crescendo. Somos reconhecidos internacionalmente pela excelência e qualidade dos nossos produtos, além de sermos pautados pela criatividade, variedade e inovação”, afirma Martina Sgarbi, da QJO Martina.

Feira do Caminho do Queijo Paulista espera um aumento de 50% no número de visitantes Foto: Rodrigo Resende/ Mariane Takahashi

Durante os dois dias de evento será possível degustar e comprar diversos tipos de queijos – certificados e validados após um longo e criterioso processo, dos frescos aos curados em câmaras de maturação ou cavernas subterrâneas, produzidos com leites de vaca, ovelha, cabra e búfala a partir de receitas autorais ou inspiradas em clássicos da escola europeia adaptados às características locais.

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Para aproximar ainda mais os produtores e articular os demais elos da cadeia produtiva do queijo, como queijistas, comerciantes, restaurantes e chefs de cozinha, o encontro ainda promove mesas redondas que exploram temas diversos ligados ao segmento do queijo artesanal brasileiro. A última edição do evento, realizada no ano passado, atingiu recorde de público e pra esse ano a organização espera ainda um aumento de 50% no número de visitantes.

Expositores confirmados no evento

  • Tão Longe, Tão perto (Vinho)
  • Borriello (Azeite)
  • Infusiva (Chá)
  • Forno do Morro (Pizza)
  • Cia dos Fermentados (Fermentados)
  • Mato Dentro (Cachaça)
  • Cervejaria Trilha (Cerveja)
  • Catimba (Cerveja)
  • Pelosini (Cafés)
  • Rusticookies (Cookies)
  • Mbee (Mel)
  • Jais (Charcutaria)
  • Santo Cutelo (Charcutaria)
  • Tartapão (Pão)
  • Gelato Boutique (Gelato)
  • Pasta Shihoma (Massas)
  • Mestiço (Chocolates)
  • LosDos Taqueria (Tacos)
  • Dona Celina (Pão de queijo)
  • La Ferme Moderne (Geleia e Conserva)
  • Tem Umami (Sorvete)
  • Luisa Abram (Chocolate)
  • Tocaya Café (Café)
  • Salumeria Mayer (Charcutaria)
  • De Iva (Antepastos)
  • De Paula (Charcuteria)
  • A.Mar (Frutos do Mar)
  • Taaroa (Tábuas de madeira)
  • Garni (Confeitaria)

Quem faz parte do Caminho do Queijo Artesanal Paulista?

BelaFazenda (Bofete)

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Fundada em 2017 pela veterinária Carolina Vilhena, está localizada na região Oeste do Estado. Ávida pesquisadora, a queijeira trabalha com leite de vacas Jersey da sua própria criação. A marca oferece variedades como o Azul de Bofete, de aroma marcante e o Bem Brasil, de casca mofada. Ambos de massa mole e maturados por 60 dias.

Cabanha Mulekinha (Ibiúna)

Dedicados à criação de gado leiteiro Jersey, Luzita e Airton produzem queijos artesanais desde 2010, na Cabanha Mulekinha, em Ibiúna, a 70 km da capital. Alguns são baseados em receitas da família, originária da Galícia, no norte da Espanha, a exemplo dos queijos Javier e Montanha – premiados em 2023 e 2024, ambos de massa crua, textura cremosa, sabor amanteigado e maturados em câmara fria.

Produtores do estado de São Paulo se unem para mostrar o melhor do queijo brasileiro Foto: Rodrigo Resende/ Mariane Takahashi

Fazenda Atalaia (Amparo)

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Instalada em uma fazenda do século 19, em Amparo, a 128 quilômetros da capital paulista, a queijaria começou a sua produção há mais de 20 anos. Hoje, reúne produtos premiados como o Tulha, queijo de casca dura, picante e frutado que foi medalha de ouro no World Cheese Award 2016-17.

Fazenda Santa Helena

A família Delgado começou a se dedicar à produção de queijos em 2002, quando deixou de vender o leite das búfalas para laticínios da região e passou a fazer mozzarella de búfala fresca. Além dos frescos, desde 2014, também oferece diversas versões curadas - as primeiras da categoria no Brasil - como o Vale do Ribeira, de massa crua, apertada e com mofo regional na receita, que é oferecido com maturação de pelo menos 90 dias, levemente picante. E o Ambrósio, também de massa crua, lavado em aguardente com mel e selado em cera de abelha

Jeito de Mato (Fernandópolis)

Localizada em Fernandópolis, no noroeste paulista, a queijaria nasceu em 2014 com apenas duas vaquinhas que davam 13 litros por dia. Hoje são 25, da raça girolando, boa parte com produção de 100 litros diários. No portfólio, estão o requeijão caipira com raspa de tacho que recebeu medalha super ouro no prêmio Queijo Brasil 2023, ficando entre os 10 melhores queijos da premiação; e o queijo Campeiro, medalha de ouro no mundial de queijos em Araxá.

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Lano-Alto (Catuçaba)

Localizada em Catuçaba, a fazenda experimental idealizada por Yentl Delanhesi e Paulo Lemos produz queijos com leite cru de vacas Jersey criadas a pasto, e com técnicas naturais. Destaque para os queijos Causo, medalha super ouro no Mundial do Queijo do Brasil em 2022, e Romano, medalha de ouro no mesmo concurso e ano.

Laticínio Montezuma (São João da Boa Vista)

Localizada próximo à divisa com o sul de Minas Gerais e a Serra da Mantiqueira, a fazenda comandada por Fábio Pimentel, tem foco na produção de queijos de búfala. Atualmente são 24 variedades no portfólio, com boa variedade de muçarela (nozinho, bastão, manta, flor de leite, burrata, defumada) e outras versões frescas, como ricota.

Leiteria Santa Paula (São João da Boa Vista)

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Localizada na Serra da Mantiqueira, em São João da Boa Vista, a Leiteria Santa Paula, comandada pela engenheira ambiental Paula Florence Vergueiro, é especializada na produção de queijos frescos, com pouco sal, sem conservantes e técnicas próprias de fabricação. Destaque para as bolinhas supercremosas do Fermier.

Nata da Serra (Serra Negra)

Todos os queijos Nata da Serra são preparados com coalho de origem vegetal, obtido através de plantas que traz aroma suave, “redondo” e menor amargor aos queijos feitos com leite da fazenda, livre de agrotóxicos, antibióticos, aditivos químicos e hormônios. Além disso, possuem certificados Kosher, Halai e são adequados ao consumo de vegetarianos.

Pardinho Artesanal (Pardinho)

Situada no oeste paulista, a 207 km da capital, a Pardinho Artesanal é um laticínio singular que se destaca pela utilização do leite cru, entre outros detalhes, resultando em queijos autorais brasileiros de excelência. A produção começa com o manejo exemplar de vacas gir e girsey, focado no bem-estar animal, e segue unindo a fabricação artesanal com modernas práticas técnico-laboratoriais. Entre os queijos premiados nacional e internacionalmente, destaca-se o Cuestinha, queijo de massa macia, com notas adocicadas e amendoadas e casca rústica.

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Pé do Morro (Cabreúva)

Fundado em 2016 por Erico Kolya, em Cabreúva, a pouco mais de 80 quilômetros da capital, o sítio de 15 hectares na Serra do Japi produz o Sol do Japi, queijo de massa semi-cozida inspirado nos queijos alpinos, mas adaptado ao clima brasileiro. Maturado por três, seis ou nove meses.

Q. JO Martina (São Paulo)

Há alguns anos Martina Sgarbi aprendeu a produzir queijos para consumo próprio, mas o hobby virou negócio em 2019, após se aperfeiçoar em maturação e afinação de queijos na França e Itália. O catálogo conta com variedades, dentre eles o Marmoratto – que conquistou duas medalhas de bronze na premiação Mundial de Queijos do Brasil, é lavado em cachaça artesanal com urucum, massa láctea, fechada com sabor terroso .

Queijaria Rima (Porto Feliz)

Tocada desde o início de 2017 pelo casal de queijeiros Ricardo Rettmann e Maria Clara Serra, a queijaria utiliza leite de ovelhas criadas no sítio da família para produzir queijos, iogurte, coalhada seca e doce de leite. Destaque para os queijos de mistura de leites de ovelha e vaca Orobó e Maratimba, este último ganhador da medalha de ouro no Mundial do Queijo.

Queijaria Santa Vitória (Queluz)

A Queijaria Santa Vitória está em Queluz e foi fundada em 2022 numa fazenda centenária que hoje é uma das principais produtoras de leite do Vale do Paraíba. Com o leite de alta qualidade das vacas girolando e jersey são feitos 10 queijos diferentes, além de iogurte e ricota. Os queijos maturados com ervas, flores e cerveja se destacam, bem como o Meia Cura, produzido à maneira clássica. Os produtos são premiados pelo Mundial do Queijo do Brasil, Prêmio Queijo Brasil e Mondial du Fromage.

Queijo com Arte - Fazenda Santa Luzia (Itapetininga)

Pioneira na produção de queijo artesanal em São Paulo, a fazenda fundada em 1976 fez fama com a criação de gado da raça Simental. As criações do casal de mestres-queijeiros Maristela Nicolellis e Martin Breuer reúne 20 tipos diferentes de queijo. Entre eles Gregório, Fernão e Tropeirinho, premiados no Mondial du Fromage em 2021.

Terra Límpida (Cássia dos Coqueiros)

Criada por um grupo de agricultores italianos que reproduz no Brasil a mesma filosofia de trabalho orgânico e biodinâmica feito desde 1988, na Toscana, a fazenda produz queijo fresco, burrata, muçarela e o Querciola Curado por 12 meses, que ganhou medalha em premiação internacional.

Sobre o Caminho do Queijo Paulista

Serviço:

5ª Feira do Caminho do Queijo Paulista

Unibes Cultural

Rua Oscar Freire, 2500 - Sumaré

3 e 4 de agosto, 2024

Sábado, dia 3, das 10h às 19h

Domingo, dia 4, das 10h às 18h

Entrada franca

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