O Brasil é feito de muitas misturas, seja na formação da população, na moda, na música ou na gastronomia. Nossa culinária, para ser criada, bebeu, e ainda bebe, de fontes de vários outros povos, incluindo os franceses. E você pode pensar que o toque francês aparece somente em pratos mais sofisticados, mas o coordenador do curso de gastronomia da Anhembi Morumbi, Daniel Frenda, contou que essa influência se estende até o nosso velho e bom omelete de todos os dias.
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Uma das técnicas que pegamos emprestada dos franceses é a de flambar, principalmente carnes. E já que falamos nelas, vale lembrar que o filé mignon foi um costume que trouxemos dos franceses, e, segundo o especialista, os pratos com esse corte, como o Filé Oswaldo Aranha, o filé au poivre, e o Filé Chateaubriand também têm como base hábitos dos franceses, que curtem aquela finalização do prato na frente do cliente.
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Vários de nossos pratos com ovos são da forma que conhecemos hoje também por causa da França. “As técnicas de ovos como omeletes, ovo pochê e ovos beneditinos vieram de lá e se tornaram bastante populares por aqui, tanto que você comumente encontra nos cafés da manhã de hotéis”, conta Frenda.
Além disso, há os pratos que são essencialmente franceses, como o croque monsieur - famoso lanche de presunto e queijo, com um toque de molho bechamel - e outros que foram inspirados nos franceses, por exemplo a sopa carioca de peixe Leão Veloso, que foi criada com base na Bouillabaisse.
E para concluir com uma última curiosidade, o Rio de Janeiro, que já foi sede da corte e capital do país, foi um dos lugares mais influenciados pela gastronomia francesa, e o coordenador da faculdade explica o motivo: “Como capital do Brasil, o Rio tinha muitos políticos e embaixadores que gostavam da cozinha francesa, sempre considerada a mais sofisticada e a maior inspiração dos chefs brasileiros”.