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Le Vin Filosofia

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A aposta na categoria spritz

Chegada do Garden Spritz, da Chandon, reforça a categoria dos coquetéis prontos para beber

Hoje bastante conhecido no mundo dos coquetéis, o spritz deve sua origem aos soldados alemães. Durante a segunda guerra, os combatentes pediam para dar um spritzen, algo como uma borrifada, com água gaseificada, no vinho tinto, para deixá-lo um pouco mais diluído. Estavam, na época, mais acostumados com a cerveja e com o vinho branco do que aos estruturados vinhos italianos.

Chandon gardenspritz Foto: Chandon/Divulgação

Com esta origem, o spritz está sempre associado ao espumante ou a uma bebida carbonatada feita com vinho, para usar a linguagem dos bartenders. E, com o sucesso do Aperol Spritz, a receita contemporânea mais associada a esta categoria, ganhou também a companhia de um toque mais amargo na receita.

Coquetel refrescante

Chandon gardenspritz Foto: Chandon/Divulgação

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A categoria deve dar um novo passo com a chegada ao mercado brasileiro do Garden Spritz, da Chandon, uma das vinícolas da Moet Hennessy, divisão que reúne as marcas de bebida do grupo LVMH. É um coquetel refrescante, já pronto para beber – a recomendação é acrescentar apenas gelo à taça ou, para quem quiser, rodelas de laranja e também de alecrim ou pau de canela.

“É um coquetel muito refrescante, equilibrado e com certo amargor, pela laranja, com acidez e um dulçor frutado, que não é doce”, afirma a mixologista e pesquisadora Néli Pereira. E acrescenta: “é uma bebida para quem gosta de vinho ou para quem gosta de coquetel.”

O Garden chega ao mercado com 60 gramas de açúcar por litro – um espumante brut pode ter até 18 gramas por litro, por exemplo. Mas na taça não parece tão doce, pela diluição com o gelo, e pelo amargor da laranja.

Espumante

O coquetel, que tem preço sugerido de R$ 120, vem na própria garrafa de espumante e é elaborado na Argentina com espumante extra brut local, acrescido com um licor elaborado com laranjas orgânicas, cardamomo e alguns outros ingredientes mantidos em segredo. “É a nossa fórmula secreta”, brinca o enólogo Philippe Mével, responsável pela elaboração dos espumantes da Chandon no Brasil.

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Philippe Mével no Chandon gardenspritz Foto: Chandon/Divulgação

Catherine Petit, diretora geral da Chandon brasileira, por sua vez, acredita que o spritz vai abrir portas para os coquetéis prontos para beber. O produto, diz ela, foi lançado dois anos atrás na França, na Alemanha e na Itália, regiões em que a marca Chandon é pouca conhecida, com boa aceitação. “É uma inovação. A categoria dos coquetéis está crescendo e acreditamos que temos um produto que vale investir”, acrescenta a executiva.

E só agora o Garden começa a chegar em mercados em que a marca já é conhecida, como os países da América Latina. A Chandon nasceu em 1959, na Argentina. Em 1973, foram inauguradas as unidades do Brasil e da Califórnia. Atualmente, a Chandon também elabora espumantes na Austrália, na China e na Índia. Nestes mais de 60 anos de história, a aposta sempre foi em vinhos e espumantes. Agora, o desenvolvimento da bebida, coordenada pela enóloga argentina Ana Paula Bartolucci, foi realizado por uma rede colaborativa com 16 enólogos destas seis unidades, o que mostra um novo momento da empresa. Ao todo, foram testados 64 provas e ajustes. Antes, não havia esta troca de conhecimentos entre os enólogos da Chandon.

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