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Le Vin Filosofia

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A nova estratégia da Viña Montes, marca apreciada pelos brasileiros, agora com três importadores

Aurélio Montes Del Campo, herdeiro desta vinícola, uma das pioneiras nos vinhos de qualidade do Chile, vem ao Brasil mostrar seus lançamentos e projetos

É relativamente normal vinícolas mudarem de importadora no Brasil e esse é um assunto que pouco chega ao consumidor. Mas com a chilena Viña Montes foi diferente. Assim que vazou a notícia de que a Mistral tinha aberto mão de sua representação, em agosto do ano passado, criou-se uma curiosidade sobre o que teria acontecido. E, imediatamente, diversas importadoras foram bater na porta da empresa chilena com propostas para trazer seus vinhos para cá.

O sucesso da linha Montes Alpha por aqui explica essa procura pela vinícola chilena da família de Aurélio Montes. Posicionada entre os rótulos de média e alta gama, é uma marca consolidada no mercado e queridinha de muitos consumidores. E agora, quase nove meses depois de ouvirem de Ciro Lilla, o dono da Mistral, que ele não trabalharia mais com a marca chilena por discordar de decisões comerciais, o próprio Aurelio Montes Del Campo, filho do fundador, veio ao Brasil para apresentar seus novos representantes.

TRÊS IMPORTADORAS

Em vez de um só importador, agora são três: a inglesa Berkmann, que fica como importadora nacional, mas também a Domazzi, empresa de Santa Catarina, para os supermercados, e a Domno, do grupo Valduga, responsável pelos estados da região Sul.

Vinícola chilena Viña Montes agora tem novos importadores no Brasil Foto: Viña Montes

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Ao consumidor, interessa também que os vinhos ficaram mais baratos. “Nossos preços são, em média, 15% abaixo que os praticados pela Mistral”, informa o sommelier Diego Arrebola, da filial brasileira da Berkmann.

O NOVO RÓTULO

Na passagem pelo Brasil, Aurelio Montes Del Campo aproveitou para mostrar as apostas da vinícola. O primeiro rótulo a surpreender foi o Wings, um carménère de perfil diverso do Purple Angels, rótulo sucesso de venda e de público. As uvas do novo vinho vêm de três pequenas parcelas de vinhedos no vale de Apalta, de perfil menos exuberante. “No início, meu pai não estava de acordo, que achava que iria concorrer com o Purple Angels. Mas decidimos trabalhar juntos, em um vinho de pai e filho, e o resultado é um tinto mais elegante, feminino. Se o Purple Angels pede um cordeiro, o Wings pede música”, explica Montes.

CHILOÉ

O rótulo mostra que a Montes quer trazer opções ao consumidor, que já reconhece o seu estilo de brancos e tintos bem frutados e estruturados. Del Campo conta também dos novos projetos da vinícola. Um deles é o vinhedo mais ao sul do Chile, há mais de 1,2 mil quilômetros de Santiago, em uma das ilhas em Chiloé. O novo terroir foi descoberto por Aurélio pai, em um de seus passeios de barco (seu hobby é velejar e pilotar helicópteros). São dois hectares de vinhedos, cultivados quase que apenas com variedades brancas (há também a tinta pinot noir, que, de casca tinta, vem atraindo os castores), e com muita dificuldade de amadurecerem completamente. Nesta safra, com colheita das uvas acontecendo agora, em meados de maio, a ideia é elaborar um espumante. “Nossos experimentos indicam que poderá ser um espumante premium”, afirma Del Campo. Agora, é esperar o vinho se tornar realidade para conferir sua qualidade.

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