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Suzana Barelli

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Le Vin Filosofia

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Com que vinho eu vou?

Quais os estilos de espumantes, brancos e rosados que podem fazer sucesso para embalar os bloquinhos e os desfiles de Carnaval

A cantora baiana Claudia Leitte apresenta neste Carnaval o seu primeiro vinho em lata. O espumante é uma edição limitada da Artse, empresa especializada no envaze de espumantes, brancos e tintos nas latinhas, e as primeiras 2 mil unidades serão vendidas por R$ 15 para os foliões do bloco Largadinho, que desfila em Salvador. Na teoria, o vinho em lata é a bebida ideal para quem quer embalar a folia com a bebida do deus Baco. Prático, descompromissado e feito para beber geladinho, ele acompanha bem a festa e, a cada carnaval, há a expectativa para ver se o vinho em lata vai decolar por aqui – quando chegou, um pouco antes do início da pandemia do coronavírus, esta embalagem era vista como a mais promissora para o público jovem que estava chegando ao vinho.

Mas hoje, pós-covid, ele disputa espaço com as demais latinhas, das populares cervejas aos drinques prontos para beber. Mas há certa dificuldade de encontrar estes vinhos nos ambulantes que rodeiam os bloquinhos de carnaval e a bebida ainda não ganhou volume para ter um valor mais competitivo. Hoje, seu preço muitas vezes afasta vários consumidores – no Pão de Açúcar, a embalagem de 269 ml do básico Rosé Frisante da Vivant é vendida por R$ 16,99, por exemplo.

O espumante da cantora é uma edição limitada da Artse Foto: Artse

Para quem quer ficar no vinho e na folia, Karene Villela, sócia da importadora Portus, sugere o portônica, coquetel preparado com vinho do Porto, água tônica e um toque cítrico, de limão ou laranja. “Ele é super refrescante, combina com o carnaval”, afirma ela. Carnavalesca por vocação, Karene conta que já preparou o drinque e o levou, bem geladinho, em garrafas térmicas para a folia em anos passados. Em breve, a vida de Karene e dos demais fãs deste drinque deve ficar mais fácil. Depois de diversos problemas na importação, o portônica em lata, da portuguesa Taylor’s, deve chegar ao Brasil, distribuído pela Heineken, informa Fernando Seixas, responsável pelo mercado brasileiro na Taylor’s. Mas só depois do carnaval.

A saída é degustar o vinho antes de ir para a folia, ou depois. Na procura destes rótulos algumas dicas podem ajudar. A primeira é preferir as garrafas fechadas com tampa de rosca, o que elimina o saca-rolhas no item de acessórios necessários. E este fecho, ainda, é muito usado naquelas garrafas que não devem envelhecer por muito tempo, em geral, vinhos mais leves e frutados, que são o estilo que combina com a folia. Outra dica é lembrar que as taças de plástico ou acrílico são ideias para a situação – aqui, nada de cristal ou vidro. E pensar em vinhos que combinem com a descontração do Carnaval.

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Nos estilos, os espumantes têm a proposta da folia. Mas nada de apostar nos rótulos mais sofisticados, como aqueles vintage ou safrados (elaborado com uva de uma única safra) ou com longa autólise (o período em que as leveduras ficam em contato com o vinho na garrafa). A não ser que o seu carnaval for no sofá de casa. As borbulhas para o folião podem ter o estilo brut, que, salvo exceções, são bem-feitas e combinam com a alegria da festa. Se a opção for pelos representantes brasileiros, as marcas vendidas nos supermercados funcionam bem para a ocasião. Nas estrangeiras, há diversas importadoras ainda com promoções de rótulos para o verão, que entram na proposta do carnaval. Dos vinhos tranquilos (aqueles sem borbulhas), Karene diz que os rosados tendem a ter mais saída de os brancos durante os dias de festa. Mas, aqui, não há explicações para este fenômeno. Apenas que os rosés tendem a ser frutados, leves e que muitos consumidores gostam de bebê-los com descontração.

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