Diversos amigos comentam que jamais vão me dar uma garrafa de vinho de presente e acho que isso acontece com todos que trabalham no setor. É o tal medo de errar na escolha do rótulo – como se isso fosse um problema. Nestes casos, eu brinco que há tantos acessórios ligados ao mundo de Baco, que estes objetos podem ser uma boa opção para quem quer dar um presente temático, sem enfrentar as diversas opções de rótulos numa gôndola com vinhos.
Por isso, listo aqui algumas ideias que eu acho interessantes para presentear aqueles que gostam de um Natal com mais brancos e tintos. O primeiro item são as camisetas, meias e canetas temáticas. As frases são ótimas, como “vinho é poesia engarrafada” ou aquelas com desenho das variedades de uvas. Qualquer pesquisa na internet leva a diversos fornecedores. Eu, particularmente, gosto das frases do Umami (www.umamimag.com.br). A última que comprei deles foi “Wine, you must have”, com uma imagem do Yoda, para os amantes de Star Wars.
Os jogos temáticos são uma maneira divertida de aprender ou testar seus conhecimentos com vinho. Eu tenho me divertido com “O jogo do vinho”, que traz 300 perguntas elaboradas pelo especialista Celio Alzer. São questões mais técnicas, algumas mais difíceis de responder ( R$ 42,90, no www.jogodovinho.com.br), mas se aprende muito durante a brincadeira. Outro é o jogo de tabuleiro “Mestre dos Vinhos - Tintos do Mundo”, criado pelo fotógrafo Marcos Gomez. Aqui a proposta é degustar e jogar ao mesmo tempo (R$ 449, no mestredosvinhos.com.br).
Os livros são sempre uma ótima pedida. Para quem está entrando neste mundo, tem dois títulos bem legais, o “Wine Folly, o guia essencial do vinho”, ilustrado e didático (R$ 48,90, na Saraiva), e o “Expert em vinhos em 24 horas”, da inglesa Jancis Robinson (R$ 26,50, na Amazon). A Jancis, alias, tem vários outros livros e todos valem à pena, para iniciantes e para iniciados.
A literatura do vinho é bem ampla, não restrita apenas para quem quer aprender sobre o tema. Tem muitas histórias reais com os brancos e tintos, como o “Vinho e Guerra”, do casal Don e Petie Kladstrup (R$ 44,90, na Amazon), que conta a saga dos europeus para esconderem suas garrafas durante a 2a. Guerra Mundial, ou a história de Nicole Barbe Ponsardin, em “A viúva Clicquot” (R$ 39,90, na Rocco) ou ainda o “Julgamento de Paris, de George Taber (R$143, na Amazon). Eu vou me dar de Natal o “Terroir Footprints”, com a história do chileno Pedro Parra sobre o seu estudo dos terroir.
E tem todos os acessórios do vinho. Cada vez tem um novo saca-rolha mais moderno e fácil de usar. Aqui eu confesso que gosto mesmo do modelo de sommelier, que cabe no bolso e tem duas escalas para abrir a rolha.
Um mimo legal é o abridor de lâminas paralelas, para abrir rolhas antigas, que podem se desfazer com o saca-rolhas tradicional (R$ 44,90, na Mistral). Outro, divertido, são os identificadores de taças, coloridos ou com desenhos, que permite não confundir as taças numa degustação com vários vinhos. É o típico presente útil e simples (o kit com seis está por R$ 17,91, na Mistral, e a Elo7 tem modelos a partir de R$ 30).
Por fim, o objeto do desejo é o Coravin, um aparelho que permite tirar uma (ou mais) doses de vinho sem abrir a garrafa. Com uma pequena agulha, a tecnologia injeta gás argônio na garrafa ao mesmo tempo em que a dose de vinho é servida na taça (R$ 4.199, o model six, com três cápulas de gás e duas tampas screw caps, na adegaonline.com.br). Ainda, com o gás dentro, o vinho que ficou na garrafa é preservado.