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Suzana Barelli

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Le Vin Filosofia

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Você conhece os estilos de espumante?

Conheça os estilos das borbulhas e brinde a chegada de 2025

Os vinhos espumantes são a bebida universal do final de ano. Seja qual for o motivo do brinde para se despedir de 2024 e comemorar a chegada de 2025 vale conhecer os estilos desta bebida e escolher aquele que melhor combina com cada leitor, com cada brinde.

Só vale lembrar que a grande maioria dos espumantes é elaborado com duas fermentações. Na primeira, a uva é transformada em vinho e, na segunda, este vinho, chamado de vinho-base, fermenta novamente e dá origem às borbulhas. E que há dois métodos principais de elaboração: o clássico ou tradicional, quando a segunda fermentação acontece nas garrafas, e o charmat, que o vinho fermenta em tanques fechados. O primeiro tende a resultar em espumantes mais completos e com aromas que lembram frutas secas, panificação – as notas de brioche são um clássico. No segundo, em geral são vinhos mais leves e frutados.

Espumante brut

É o estilo mais consumido e, na grande maioria, é elaborado com chardonnay e pinot noir, mas pode ser feito com as mais diversas variedades. Em seu processo, retira-se o que restou da levedura após a fermentação e adiciona-se o licor de expedição, que determina a quantidade de açúcar residual por litro, que varia de 8 gramas a 15 gramas. Pode ser elaborado pelos dois métodos.

Espumante nature

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Elaborado como o brut, mas sem a adição do licor de expedição. Significa que é mais seco no paladar. Pode ser feito pelos dois métodos.

Espumante rosé

É elaborado com ao menos uma uva tinta. A cor pode vir do contato da casca com o mosto ou da adição de vinho tinto. Em geral, é mais encorpado do que o brut branco, o que permite harmonizar com receitas mais substanciosas. Também pode ser elaborado pelos dois métodos.

Champanhe

É o espumante elaborado apenas na região demarcada de Champanhe, no norte da França, apenas pelo método clássico. Pode ser elaborado com a branca chardonnay e com as tintas pinot noir e pinot meunier (aqui, fermentadas sem a casca). Na segunda fermentação, fica pelo menos 15 meses em contato com as leveduras, o que lhe traz notas aromáticas ligadas à panificação, como brioche e frutas secas.

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Cava

É o espumante elaborado nas regiões demarcadas da Espanha, com as variedades locais macabeo, parellada e xarel.lo, e, muitas vezes, também com a chardonnay. O método é o clássico. O corpinnat é a dissidência de pequenos produtores do cava, com regras mais rigorosas de elaboração.

Prosecco

Elaborado em algumas regiões do Vêneto e do Friulli, no norte da Itália pelo método charmat, e com a uva glera, anteriormente chamada de prosecco. As regras do prosecco são de 2009, o que faz com que regiões que já tinham o plantio da uva antes desta data utilizem o seu nome. Há vários espumantes brasileiros elaborados com esta uva e também pelo mesmo método e que usam o nome prosecco no rótulo.

Moscatel

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A uva moscato dá origem a este espumante, elaborado pelo método asti (de apenas uma fermentação na garrafa). Quando o teor alcoólico chega entre 6% a 10%, a fermentação é interrompida por choque térmico. Como ainda há açúcar da uva presente, o espumante tem maior teor de açúcar, que pode chegar a 60 gramas por litro.

Vintage

Também chamado de safrado, é elaborado com uvas apenas de uma única safra. E este ano específico é indicado no rótulo.

Sur lie

É um espumante brut ou nature, que chega ao mercado sem a retirada das leveduras utilizadas na segunda fermentação. Por isso, segue evoluindo na garrafa e é turvo, o que pode causar estranheza (mas não há problema nenhum para o consumo). Apesar de ser um estilo de menor consumo, é crescente a quantidade de vinícolas brasileiras que elaboram este estilo de espumante.

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