Muitas pessoas pensam que o leite em pó é somente o leite líquido em formato de pó, mas não é bem assim. Segundo o professor da Anhembi Morumbi, Pedro Drudi, o leite passa por um grande processo para se tornar pó e, depois de transformado, não pode substituir todos os tipos de leite em receitas.
Para se tornar leite em pó, o leite líquido, primeiro, cai em gotas, passa por espécies de esguichos que jorram ar quente, fazendo com que ele seque e desidrate. Este processo é chamado de pulverização, o que aumenta o tempo de prateleira do produto, já que a gordura é retirada em grande parte ou totalmente, pois ele deixa de oxidar e ficar com um sabor ruim.
Outra transformação que acontece é a retirada da água do leite, que pode ser fonte de contaminação por microrganismos que a consomem. Com a extração desses dois componentes, o leite em pó passa a ser um produto que dura muito mais tempo e torna-se mais fácil de ser transportado.
De acordo com o docente, o leite em pó teve e tem grande popularidade, principalmente por causa da distribuição: “Levar leite líquido para áreas mais afastadas de onde estavam os rebanhos era caro, além de maior possibilidade do leite estragar. Então este processo, apesar de caro, compensava, além de ter ajudado diversos programas sociais, pois as famílias eram capazes de guardar o produto por um mês inteiro”.
Na culinária, a única situação em que o uso do leite em pó fica restrito é em receitas que pedem leite integral, pois elas necessitam de leite com gordura, o que o produto não tem mais. Por outro lado, aquelas que precisam do leite desnatado podem ser trocadas pelo leite em pó sem problemas.
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