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A cozinha japonesa quente, autoral e instigante do restaurante Kotori

Casa em Pinheiros ocupa o 64ª no The World’s 50th Best Awards 2023 e estreia novo menu

Sabe aquele lugar de yakitori, os espetinhos japoneses que Thiago Bañares abriu três anos atrás em Pinheiros? Virou um belo destino de cozinha japonesa quente, autoral, instigante – uma combinação de tradição e ousadia, bem ao estilo do dono da casa. Antes que algum fã tenha síndrome de abstinência, um aviso: o cardápio do Kotori ainda tem espetinhos – de sambiquira (aquele corte feito a partir da ponta do rabo da galinha), coraçãozinho e “ostra” de frango e a “bananinha” bovina… Porém eles não são mais o foco da cozinha.

Thiago diz que a culinária quente chamada de yoshoku, os pratos japoneses com influência ocidental, menos conhecida no Brasil, era sua ideia original, quando idealizou o Kotori. Mas a pandemia mudou o rumo das coisas e os espetinhos garantiram o funcionamento da casa.

Um dos pratos servidos no Kotori, restaurante japonês em Pinheiros especializados em pratos quentes Foto: Tati Frison

Pois o lugar anda bombando com o novo cardápio (a festa de três anos, em 24 de junho, reuniu na cozinha 30 chefs convidados de todos os cantos do País). O movimento constante e o clima animado são tradição local e a alegria vai crescendo conforme chegam à mesa os coquetéis assinados por Caio Carvalhaes e os pratos e porções para compartilhar.

Para entrar no clima, peça a paloma, uma combinação de tequila, cordial de grapefruit e água carbonatada e, junto com ela, o patê de fígado de galinha orgânico, que chega num potinho, acompanhado de um trio de tsukemonos, pepino com wasabi e cerveja, cebola com shoyu e tomate verde fermentado. Para comer com torrada de shokupan, o pão de forma japonês, super macio, com picles asiáticos de tomates verdes (R$ 58). A abobrinha grelhada é obrigatória, feita com molho de amendoim, tahine, gengibre e chili crunch (R$ 42).

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Yukhoe de wagyu é o tartare, feito com a carne congelada, assim como na Coréia (onde é mais popular!). Ela é cortada em cubos, temperada com alho, gergelim, óleo tostado, maionese e picles de nabo (R$ 65). Bela opção, o peixe maturado varia conforme o dia. Provei a sororoca com um dia de maturação, servida com milho doce e manteiga de alga nori (o preço varia). Meu favorito foi o brócolis cantonês, salteado com missô vermelho e gergelim (R$ 45)…mas o timo com beurre blanc, bardana e bacon (R$ 120) também arrancou vários “humm”. Ah, antes da conta, peça a rabanada de shokupan, servida com sorvete de leite e caramelo (R$ 48).

Lugar divertido, animado, boa comida, bons drinques. Não por acaso, o Kotori está na lista dos melhores restaurantes da América Latina, na 64ª no The World’s 50th Best Awards 2023.

@kotori.sp

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