Essa batata com zátar está no novo livro Comfort, de Yottam Ottolenghi, que acaba de sair em Londres, onde o chef israelense construiu um império de restaurantes junto com seu sócio palestino Sami Tamimi. Aparentemente, a receita não tem nada demais. Mas tem, sim, detalhes que a tornam especial. Para começar, o tempero principal – o zátar –, um condimento usado na culinária árabe desde a Idade Média, que acabou se popularizando também na cozinha judaica. É uma mistura de manjerona (cujo nome em árabe batiza o tempero) e diferentes ervas secas e especiarias moídas, entre elas tomilho, orégano, gergelim, coentro, sumagre, cominho e sal. Indispensável no Oriente Médio para aromatizar iogurte e azeite. Mas o tempero só entra em cena nos momentos finais, antes disso as batatas bolinhas são cozidas e depois passadas em farinha de arroz, o que confere uma crosta delicada durante a fritura – que é feita no forno. É uma fritura lenta, que deixa as batatas coradas. Demora um pouco, mas não dá trabalho. É só esperar.