Os italianos chamam de crostino uma fatia de pão – do tipo filão ou rústico – coberta. A cobertura pode ser simples como queijo derretido, uma fatia de presunto, qualquer embutido, carnes, ou elaborada, como um patê de fígado ou uma mousse. Em italiano, o termo crostino, ou crostini (no plural) designa também os cubinhos de pão torrados que os franceses chamam de crôutons, servidos como acompanhamento de sopas e saladas.O crostino alla romana é uma combinação clássica de anchova e mussarela de búfala ou de vaca. A receita pode levar também uma fatia de presunto cru e salsinha por cima. Gosto da versão mais simples, do jeito que era feita na minha casa na infância, apenas mussarela comum (não havia mussarela de búfala por aqui) e pasta de anchovas feita na hora. É parecida com a porção que fez sucesso no restaurante Nello’s, em Pinheiros, nos anos 1980 (só que ali, além de manteiga, a pasta de anchovas levava também creme de leite).
Dica da sommelière Daniela Bravin
Sal propõe desafios. No caso da anchova com azeite, para que a acidez do vinho não se apague sob o sal sugiro vinhos animados como os deliciosos Muscadets do Vale do Loire: Muscadet de Sèvre et Maine 2010, Domaine Guy Saget, (R$ 55,77, na Mistral, tel. 3372-3400) e o Muscadet de Sèvre et Maine, Domaine La Haute Févrie (R$ 75, na Zahil, tel. 3071-2900). E por que não outra estrela da mesma região, a uva Chenin Blanc esbanjando frescor e mineralidade? O Vouvray Sec Cuvée Arpent 2010, de Sébastien Brunet (R$ 113, na Galeria do Vinho, tel. 13 3284-0678) é uma boa pedida.