Encontrei essa receita em Calabria e Lucania in boca (Edizione Midia, Bologna, 1988, sem edição em português), um livro artesanal, presente de um querido amigo jornalista, o Pablo Pereira. É um sanduíche delicioso, empanado e frito, que não recomendo fazer todo dia, mas pode suavizar um fim de semana de pandemia... Acredite, a simplicidade e a aparência não fazem justiça à delícia da receita, que é bastante popular na Calábria, onde berinjela e pimentão, disputam o título de vegetal mais presente na cozinha.O ideal, nesse caso, é usar a berinjela macho, que não tem sementes e se mantém íntegra depois de cozida. O macho tem a forma mais abaulada e uma extremidade levemente pontuda, como ensina o chef francês Alain Ducasse, em seu livro Ducasse de A a Z (Ediouro,2005). Fiz duas adaptações à receita original, para deixar o sanduíche mais leve: usei mussarela de búfala em vez de queijo caciocavallo e fritei no azeite em vez de óleo. Recomendo as duas.