Você já parou para se perguntar porque os leites são divididos em tipos A, B e C? Não, não são vitaminas do leite, na verdade, a nomenclatura era muito necessária no período pré-pasteurização. Para entender melhor, conversamos com o professor de gastronomia da Anhembi Morumbi, Pedro Drudi, que explicou como o processo era feito antes e nos dias atuais.
Na época em que leite de saquinho era a maioria, não eram máquinas que retiravam o leite da vaca, mas sim, os próprios humanos, com um método mais rudimentar, já que não se eliminava totalmente as partículas sólidas, coliformes fecais e outros microrganismos presentes no leite.
Sendo assim, a Anvisa e o Ministério da Agricultura passaram a classificar qual era de melhor e pior qualidades do leite: “O leite A era o melhor tratado, vinha de uma produção mais limpa, de vacas e um sistema de captação do leite melhores. O leite B não era tão bom quanto, pois tinha uma porcentagem de sólidos e de coliformes fecais maior; o que aumentava no C, pois o ambiente em que se ordenhava não era dos melhores e, por isso, a contaminação era maior”.
Atualmente, apesar do procedimento ter mudado, automatizado e perdido o contato humano, as nomenclaturas continuam a valer, mas a classificação é feita após a pasteurização, avaliando os mesmos princípios.