O rabo de galo é, sem dúvida, um dos maiores clássicos dos botequins paulistanos. Com mais de 50 anos de história, o coquetel de cachaça se tornou presença garantida nos bares e botecos da cidade, e recentemente conquistou seu espaço em estabelecimentos mais rebuscados. O reconhecimento, inclusive, vai muito além da cidade de São Paulo: o Rabo de Galo entrou para a seleta lista de drinques da Associação Internacional dos Bartenders (IBA).
Mas afinal, o que isso significa? Menos de 100 drinques figuram na lista da IBA, e o Rabo de Galo é apenas o segundo coquetel brasileiro a ganhar reconhecimento - a caipirinha de limão foi reconhecida oficialmente em 1997. Além do prestígio, a presença na lista permite que o Rabo de Galo possa ser feito em campeonatos de coquetelaria internacionais organizados pela Associação.
De natureza simples, o Rabo de Galo tem a cachaça como base, mas pode ser elaborado de diversas maneiras de acordo com a região e estabelecimento onde é servido. A receita oficial considerada pela IBA leva vermute e Cynar, mas não é raro encontrar versões do drinque que utilizam outros ingredientes.
A batalha pelo reconhecimento internacional Rabo de Galo não é de hoje. Há alguns anos que o coquetel flerta com um lugar na lista, em esforço comandado pelo bartender Derivan Ferreira de Souza, referência da coquetelaria brasileira que faleceu em maio deste ano.