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3 restaurantes em Salvador em que a culinária revisita suas raízes no Candomblé

Com técnicas sofisticadas, os estabelecimentos exploram a mistura de história, costumes, conflito e fé que envolvem os pratos que nasceram em terreiros

Prato branco com uma porção de cogumelos, caldo de cogumelo e pasteis. Uma flor feita com legumes adorna o prato. Foto: Leonardo FreireFoto: Leonardo Freire

O Brasil é um país marcado pela efervescente diversidade cultural, que se manifesta de formas diferentes em cada região de seu território devido às heranças das mais diferentes naturezas, seja dos povos originários, dos invasores colonos, da deplorável atividade escravocrata, dos fluxos migratórios, entre outros.

Tudo isso reflete em aspectos como sotaques da língua portuguesa e, entre muitos outros pontos que formam uma lista imensa, o modo de professar fé e as tradições no preparo dos alimentos, que muitas vezes andam juntos. Se em Portugal existe a doçaria conventual (que nasceu em mosteiros e conventos), na Bahia, Estado com a maior população negra fora do continente africano, os pratos típicos têm profunda ligação com o candomblé.

A religião desenvolvida como forma dos escravos manifestarem suas crenças tem a comida como elemento vital para a adoração dos orixás. O açaçá de leite, por exemplo, é um prato que nasceu nos terreiros para servir de oferenda e se popularizou por quitandeiras que passaram a vender unidades na rua para juntar dinheiro e comprar suas alforrias.

Hoje, esse e outros pratos que têm suas origens na religião afro-brasileira são servidos nos restaurantes mais famosos de Salvador, como o Origem, o Manga e o Dona Mariquita, de acordo com a revista Eater, que exploram a mistura de fé, conflito, história, cultura e comida por meio de uma culinária sofisticada, com técnicas da alta gastronomia.

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