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A verdade por trás dos preços dos vinhos argentinos no Brasil

Diferentemente do que se esperava, com a força do real frente ao peso, os preços deveriam cair para os brasileiros, mas não foi o que aconteceu

TQ  ESPÍRITO SANTO DO PINHAL 21.09.2023 ECONOMIA EXCLUSIVO EMBARGADO ENOTURISMO TURISMO RURAL CAFÉ VINHO Cenas na Vinícola Mirantus, de proprieda de Jeyson Ferreira.  Cidade localizada cerca de 200 km da capital, vive um boom de novos negócios relacionados ao enoturismo e ao turismo rural de luxo. Tradicionalmente voltado ao cultivo do café, Espírito Santo do Pinhal recebeu novas vinícolas que aproveitam a combinação de um ótimo solo e clima com as técnicas desenvolvidas na Epamig para cultivo da uva. FOTO TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO. Foto: Tiago Queiroz/EstadãoFoto: Tiago Queiroz/Estadão

Considerando o aumento de 36% no consumo do vinho entre 2010 e 2023, parece que os brasileiros estão cada vez mais interessados na bebida. E quando se vive ao lado de um dos maiores produtores do mundo, a Argentina, é difícil resistir a uma ou mais taças.

Mas, a inflação, que ultrapassou os 130% nos últimos 12 meses, o aumento da desigualdade social, a falta de dólares nos cofres públicos e uma eleição historicamente acirrada se aproximando definitivamente não criam um cenário harmonioso.

Os preços dos vinhos argentinos continuam em alta devido à inflação acelerada no país vizinho, à valorização do dólar e ao fenômeno climático El Niño. Como é sabido, a Argentina enfrenta crises econômicas há bastante tempo. No entanto, a crise mais recente teve início nos anos 2000, quando os governos peronistas investiram significativamente em políticas de bem-estar social.

De acordo com o Seu Dinheiro, para os argentinos, o preço do vinho subiu mais do que a inflação do país.

De acordo com o índice de preços do vinho (IPV), calculado pelo Vinodata, o custo da bebida subiu 13,6% em agosto, enquanto a inflação do índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês), medido pelo Indec, equivalente ao IBGE do país, foi de 12,4%.

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De janeiro a setembro deste ano, o Brasil teve intensa atividade comercial com a Argentina, sendo o quarto parceiro mais frequente, de acordo com dados do Comex Vis. O comércio bilateral, somando exportações e importações, totalizou US$ 22,6 bilhões. Das importações, que totalizaram mais de US$ 9 bilhões, cerca de 37% corresponderam a veículos, enquanto bebidas alcoólicas representaram apenas 0,70%, aproximadamente US$ 63 milhões.

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