Ninguém nunca afirmou que alimentos ultraprocessados são bons para saúde. No entanto, uma nova pesquisa descobriu que eles podem ser ainda piores do que imaginávamos.
Segundo o estudo, que foi apresentado em junho na conferência Nutrition 2024, o consumo regular de alimentos como cachorros-quentes, refrigerantes e grãos refinados pode diminuir o tempo de vida.
Pesquisa de três décadas
Os pesquisadores acompanharam mais de 500.000 pessoas e monitoraram seus hábitos alimentares por três décadas. Ao final da análise, eles descobriram que pessoas que comeram maiores quantidades de alimentos ultraprocessados tiveram 10% mais probabilidade de morrer de mortalidade por todas as causas durante o período de acompanhamento de 23 anos em comparação com pessoas que comeram alimentos minimamente processados.
O que são alimentos ultraprocessados?
Os alimentos são classificados como ultraprocessados com base em onde eles se encaixam em um sistema de classificação chamado ‘escala NOVA’, em que as comidas são agrupadas em quatro categorias: Alimentos não processados e minimamente processados; Ingredientes culinários processados; Alimentos processados; e Alimentos ultraprocessados, conforme destacou o Food & Wine.
Como o nome já diz, os alimentos ultraprocessados se enquadram nesta última categoria. Eles são produtos processados e têm ingredientes adicionais como corantes, sabores artificiais e conservantes para preservar a textura e longevidade da peça. Muitos alimentos embalados se enquadram nesta categoria.
Riscos à saúde de consumir alimentos ultraprocessados
Alimentos ultraprocessados estão associados a vários problemas de saúde graves, incluindo doenças cardíacas, diabetes tipo 2, demência e alguns tipos de câncer.
Certos alimentos ultraprocessados estão ligados a um risco maior de morte do que outros. Entre eles estão refrigerantes diet; refrigerantes ricos em açúcar; grãos refinados, como pães ultraprocessados e produtos assados; e carnes processadas, como cachorros-quentes e salsichas.
Molhos, pastas, condimentos e pratos prontos para consumo também podem aumentar o risco de complicações graves de saúde causadas por alimentos ultraprocessados.