O bilionário Pierre Chen (Chen Tai-Min) anunciou que vai leiloar a sua coleção de vinhos. Fundador e presidente da Yageo, empresa que lida com domínios eletrônicos, ele possui hoje uma fortuna de 6,1 bilhões de dólares e é um dos maiores colecionadores de arte e vinho do mundo. As informações são do site Food and Wine.
Por muitos anos, o empresário viajou o mundo comprando grandes quantidades das melhores safras e fez o que era preciso para montar uma das melhores coleções de vinho já existentes.
Em se tratando de colecionadores, chega um momento que eles percebem que gostariam de dar às suas coleções um ar diferente e passam a se desfazer de parte ou de todo o seu acervo para que as coleções continuem vivas.
25 mil garrafas de vinho
No caso de Chen, este processo foi especial e contou com a ajuda de especialistas da Sotheby’s para fazer a seleção de cerca de 25 mil garrafas de sua coleção para ir a leilão. Em conjunto com a empresa contratada, ele realizou cinco vendas deste incrível número de garrafas em todo o mundo sob o título The Epicurean’s Atlas .
Como funciona o leilão?
As primeiras vendas aconteceram entre os dias 24 a 25 de novembro de 2023, com uma noite inicial em Hong Kong, que arrecadou 16 milhões de dólares. O segundo evento ocorreu no último dia 20 de junho, em Paris, onde houve uma venda extraordinária de champanhes vintage de Chen.
A próxima venda acontece em 2 de julho na comuna de Beaune of Chen’s Burgundies, na Borgonha, enquanto a quarta será realizada em Nova York, em setembro. A quinta e última venda retornará à Ásia em novembro, para Hong Kong. Assim, as vendas de Chen e, junto com elas, peças de sua coleção de vinhos, circularão a Terra.
Vendas de Paris
Com o subtítulo “The Ultimate Champagnes”, a venda mais recente em Paris foi extraordinária em dois aspectos principais. Foi o primeiro leilão de vinhos de um único vendedor dedicado ao champanhe vintage. Foram 1.850 garrafas à venda, que totalizaram respeitáveis 1,45 milhão de dólares quando o último martelo bateu. Quase metade dos lotes excederam as estimativas, os compradores eram de 23 países e mais de um quarto dos licitantes tinham menos de quarenta anos.
O lote principal foram três magnums do Salon Le Mesnil Blanc de Blancs de 1990, com uma estimativa alta de pouco menos de 14.000 dólares, o que rendeu quase o dobro disso, 26.850 dólares. O segundo lote mais alto, mas o lote que trouxe o preço mais alto por garrafa, foi uma magnum P3 Dom Pérignon 1966.