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Comida no chão: descubra se “regra dos cinco segundos” é verdadeira

Deixou o lanche cair no chão? Descubra se a “regra dos cinco segundos” de fato, é verdadeira

Lanche apoiado em uma banca branca. Foto: UnsplashFoto: Unsplash
Comida no chão: descubra se "regra dos cinco segundos" é verdadeira. Foto: Unsplash

Quem nunca deixou o lanche cair no chão e rapidamente recolheu, que atire a primeira pedra. Muitos falam sobre a “regra dos cinco segundos”, que afirma que, se um alimento permanecer no chão por cinco segundos, ele está seguro para o consumo. Mas no que é pautada essa crença?

É um pouco distorcido de onde surgiu a ideia, mas existe uma história que começou no programa de Julia Child. “The French Chef” era um programa americano da década de 60, onde, em um determinado episódio, telespectadores viram a chef pegando rapidamente do chão uma carne que havia caído (que na verdade, era uma panqueca de batata que caiu no fogão e não no chão). Julia colocou o alimento de volta na panela e brincou: “Você sempre pode pegá-lo, e se estiver sozinho na cozinha, quem vai ver?”.

Porém estudos já provaram que a taxa de transferência de germes e bactérias é multivariada e diversos fatores podem influenciar. São eles: tempo, tipo de superfície, tipo de alimento e nível de contaminação.

Um trabalho científico feito por pesquisadores da Universidade de Rutgers, em Nova Jersey (EUA), analisou alguns tipos de comida. A pesquisa constatou que, quanto mais úmido for o alimento, maior será a taxa de transferência de contaminação.

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Mas aí vai um alerta: isso não excluí alimentos secos! “Com maior teor de umidade, vai ter uma transferência muito maior, mas isso não quer dizer que o alimento seco não foi contaminado. Vai depender de outras variáveis”, afirmou Maristela da Silva do Nascimento, professora doutora da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, área de pesquisa em Higiene e Segurança de Alimentos de acordo com o portal Viva Bem do UOL.

A profissional exalta que a maior parte das transmissões ocorrem instantaneamente. “A transferência pode acontecer em um segundo. No caso do chão, que tem uma alta carga microbiana, eventualmente pode ocorrer a presença de Salmonella, Escherichia coli, Listeria monocytogenes, Bacillus cereus e vírus da hepatite A”, alerta a especialista.

Quando ingerido um alimento contaminado, a pessoa pode sofrer vômitos, diarreias, febre e até outros incômodos. Ou seja, o ideal é descartar o alimento que caiu em superfícies como carpetes, pisos e outros.

E se o alimento tiver casca?

Os alimentos que possuem casca estão dentro de uma exceção. No caso da banana, semelhante a um produto embalado, o risco de contaminação é menor. “A casca não entraria em contato com a fruta que seria consumida”, pontua Nascimento.

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É ideal não usar a mão suja para comer ou higienizá-la bastante antes de seu manuseio. “Se o alimento for lavável, como frutas com casca, verduras ou outros alimentos que possam entrar em contato com água, podem ser lavados em água corrente e colocado de molho em hipoclorito de sódio, como recomendamos geralmente. Se for uma fatia de pão, um salgado ou outros que não possam ser lavados, devem ser descartados”, confirma Thatiane Nakadomari, infectologista do Hospital São Vicente, em Curitiba (PR).

Lembre de manter o ambiente limpo

Mesmo que tal alimento não caia no chão, é ideal manter todo ambiente limpo. “Lembrar de lavar a bancada antes, para deixar limpa, e não ter contaminação por outros materiais presentes na cozinha. Se você pega uma bancada limpa, travessas e faz uma lavagem e guarda, já é o suficiente para que tenha um alimento de boa qualidade e bem condicionado”, explicou Filipe Prohaska, infectologista da Universidade de Pernambuco, para o mesmo portal.

E vale o conselho: é importante higienizar todos os dias bancas, pias e a cozinha. Já pisos podem ser higienizados apenas uma vez por dia. É recomendado o uso de álcool 70, desinfetantes ou produtos específicos.

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