A tecnologia avança e, com ela, o setor vitivinícola se reinventa. Em um mercado cada vez mais competitivo, vinícolas ao redor do mundo estão adotando a inteligência artificial (IA) para otimizar a produção de vinhos. Desde o controle da produção nos vinhedos ao gerenciamento de fábricas de engarrafamento, essa introdução do IA está fazendo a diferença no vinho que você compra e consome.
Segundo o portal americano Food and Wine, a inteligência artificial atualmente auxilia na orientação da tomada de decisões, tornando os orçamentos mais eficientes e ajudando a mitigar os impactos das mudanças climáticas. Para os apreciadores da bebida, isso pode resultar em um vinho mais acessível, sustentável e de alta qualidade.
Além disso, é utilizada para analisar tendências de mercado e melhorar estratégias de venda. Isso resulta em uma produção mais eficiente e com aumento também na qualidade.
Embora haja muita discussão sobre a IA substituir empregos em diversos setores, os produtores de vinho acreditam que os humanos seguem permanecendo essenciais na criação dos vinhos. Inclusive, o IA é apenas uma forma de otimizar o processo.
Um especialista afirmou ainda que é bom ter novas ferramentas e informações baseadas em IA para facilitar a vida do enólogo. “No final, os enólogos têm mais tempo para fazer seu trabalho principal, que é cheirar o produto, provar as uvas, tomar boas decisões na vinificação e, então, por análise sensorial, fazer as misturas para ter bons produtos em [seu] portfólio”, disse.
Como as vinícolas estão introduzindo o IA?
Na prática, a inteligência artificial está sendo aplicada em áreas onde antes os humanos cometiam mais erros ou precisavam de mais tempo para acertar. No vinhedo australiano Mount Langi Ghiran, por exemplo, uma solução de IA monitora os níveis de água e previsões de colheita, permitindo um planejamento mais preciso do uso de equipamentos e transporte.
A Viña Concha y Toro, do Chile, utiliza IA para obter estimativas de rendimento mais precisas e coletar informações detalhadas sobre suas uvas. A IA também prevê o volume de uvas em cada estação, considerando variáveis como clima, umidade, radiação e vento, ajudando a mitigar os impactos das mudanças climáticas.
IAs chegaram nas cervejas
O IA chegou também para as cervejas na Bélgica. O principal responsável por esse experimento é o professor Kevin Verstrepen, da universidade KU Leuven. Ele acredita que a IA é uma maneira de ajudar a perceber a relação entre os aromas, a partir de estudos sobre os vários componentes da cerveja, segundo o The Guardian. Saiba mais neste link.