Embora seja amplamente conhecido como “pão francês”, esse queridinho das padarias brasileiras tem uma história que pode surpreender muitos. Contrário ao que o nome sugere, sua origem está mais próxima do que imaginamos: aqui mesmo, no Brasil.
Na França do século XVIII, o pão mais consumido era o escuro, apelidado de “pão do povo”. O pão feito de farinha branca, por outro lado, era um privilégio, consumido principalmente pela nobreza e alta burguesia. No entanto, com a chegada do século XIX, houve uma reviravolta na cultura do pão francês. A farinha branca ganhou popularidade, e a icônica baguete, com sua casca dourada e crocante e miolo macio, nasceu e conquistou corações.
Coincidentemente, nesse período, a elite brasileira, em suas viagens à França, se encantou com a baguete. Ao retornar ao Brasil, eles desejavam replicar essa experiência culinária. Muitos compartilharam suas memórias e experiências com os padeiros locais, predominantemente portugueses. Alguns até tentaram trazer a baguete em suas viagens, embora enfrentassem desafios, como o pão chegando seco ou mofado.
Inspirados pela baguete francesa e incentivados pela paixão da elite brasileira, os padeiros do Brasil aceitaram o desafio. Após muita experimentação e adaptação às condições locais, nasceu o que hoje chamamos de “pão francês”. No entanto, o chef francês Olivier Anquier propõe uma correção no nome: em homenagem à sua verdadeira origem, ele acredita que deveríamos chamá-lo de “pão brasileiro”.
Então, da próxima vez que você desfrutar de um pão francês recém-assado, lembre-se da rica tapeçaria de histórias que ele carrega, desde os elegantes salões de Paris até as vibrantes ruas do Brasil. Para saber mais sobre o pão francês, leia a matéria completa.
Receitas testadas e aprovadas
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