Inhame: confira seus benefícios para a saúde, dicas de como consumir e receitas para ampliar o menu

O inhame, sempre muito popular na gastronomia por sua versatilidade, é um tubérculo integrante do grupo que inclui mandioca, batata inglesa, cará, batata-doce e mandioquinha. Este alimento nutritivo tem se destacado não apenas pelo sabor, mas também pelos inúmeros benefícios à saúde que oferece.

Segundo a nutricionista Thaís Barca, o inhame é “rico em carboidratos complexos, que são uma fonte importante de energia para o corpo”. Além disso, ele é uma excelente fonte de fibras, vitaminas e minerais. As fibras presentes no inhame promovem a saúde digestiva, regulam o açúcar no sangue e ajudam na manutenção de um peso saudável, proporcionando uma sensação de saciedade.

Entre os nutrientes do inhame, destacam-se a vitamina C, vitamina B6, potássio, magnésio e folato (B9), que desempenham funções cruciais no fortalecimento do sistema imunológico, formação de glóbulos vermelhos, função muscular e saúde cardiovascular. O potássio presente no tubérculo contribui para a regulação da pressão arterial, auxiliando aqueles que sofrem de hipertensão.

Para pessoas com diabetes, o inhame é uma excelente escolha devido ao seu índice glicêmico relativamente baixo, o que evita picos nos níveis de açúcar no sangue. Além disso, aqueles com problemas digestivos se beneficiam das fibras que promovem a saúde intestinal.

Quando acompanhadas da ingestão adequada de água, essa fibras contribuem para o trânsito intestinal adequado. Assim, o alimento pode ser vantajoso para quem sofre de prisão de ventre, conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes.

Ele ainda é rico em flavonoides, componentes que possuem ação antioxidante, protegendo as células contra os efeitos dos radicais livres, que podem causar danos às células, como o envelhecimento precoce. Ao protegê-las, esses antioxidantes contribuem para a prevenção de inúmeros tipos de doenças. Saiba mais sobre os benefícios do inhame para saúde no Estadão.

Além desses benefícios, o inhame ainda é uma boa opção para mulheres na menopausa, pois é uma fonte natural de fitoestrógenos. “É uma fonte natural de fitoestrógenos, compostos que têm uma estrutura química semelhante ao estrogênio humano. Durante a menopausa, quando os níveis de estrogênio diminuem, os fitoestrógenos podem ajudar a aliviar alguns dos sintomas associados à transição para a menopausa, como ondas de calor e alterações de humor”, afirma Barca.

O inhame também é uma ótima fonte de ácido fólico (vitamina B9), tornando-se um alimento recomendado durante a gravidez. O ácido fólico é essencial para o desenvolvimento do feto, especialmente nos estágios iniciais da gestação, ajudando a prevenir defeitos no tubo neural e outros problemas de desenvolvimento fetal.

Com suas inúmeras qualidades, o inhame não só enriquece a dieta com nutrientes essenciais, mas também pode ajudar na prevenção e controle de condições crônicas, promovendo a saúde de maneira abrangente.

Devido à presença de oxalato e toxinas em sua composição, o inhame deve obrigatoriamente ser cozido antes do início de qualquer preparação, de acordo com Barca. O processo de cozimento ajuda a reduzir os níveis de oxalato e toxinas que podem causar irritação ou desconforto digestivo em algumas pessoas. “Feito esse pré-preparo, o inhame pode ser consumido na forma de sopas, purê, assado, refogado ou salteado”.

Quer saber mais sobre como incorporar o inhame na sua dieta de forma segura e deliciosa? Confira as dicas a seguir.

Para escolher um bom inhame é preciso prestar atenção em três pontos, segundo Barca:

A casca do inhame é comestível e pode fornecer benefícios nutricionais adicionais. Porém, é importante considerar as preferências pessoais de cada pessoa sobre textura e sabor, tolerância digestiva e métodos de preparação. “Caso decida consumir a casca, é importante se atentar à higienização adequada para remover qualquer sujeira ou resíduos que possam estar presentes no alimento. Se possível, adquira inhames orgânicos para reduzir a exposição a produtos químicos”, destaca a nutricionista.

O inhame comum e o orgânico têm os mesmos benefícios em termos nutricionais, mas a versão orgânica do alimento é a melhor escolha sempre, já que pode ter a ausência de resíduos de produtos químicos, além de contribuir na promoção de práticas agrícolas sustentáveis.

Todo mundo pode comer inhame? O inhame é uma opção saudável para a maioria das pessoas, mas seu consumo deve ser evitado por alguns grupos, como pessoas com intolerância ou alergia ao inhame. Os casos são raros, mas quando ocorre, o ideal é evitar ou realmente excluir da dieta. Quem tem doenças renais também precisa evitar o tubérculo, pois ele contém oxalatos, substâncias que podem contribuir para a formação de cálculos renais em algumas pessoas.

Em meio ao surto de dengue que atinge o Brasil, o inhame tem sido citado como um alimento que poderia auxiliar no tratamento de pessoas com a doença. No entanto, não há evidências científicas sólidas que comprovem sua eficácia no tratamento ou prevenção da dengue. “O que se acredita é que o inhame pode ajudar a aumentar a contagem de plaquetas no sangue, que muitas vezes diminui durante a infecção por dengue”, explica a especialista.

Pronto para experimentar os benefícios do inhame? Descubra receitas com inhame abaixo:

Para você incluir de vez o inhame na sua dieta, Thaís Barca indica uma sopa de legumes com o tubérculo. A receita é fácil e saborosa, com uma textura que não é cremosa e nem pegajosa, o que poderia incomodar algumas pessoas. Essa sopa fica deliciosa, perfeita para ser consumida nos dias frios enquanto cuida da saúde. Veja a receita completa aqui.

Outro receita fácil sugerida pela nutricionista Thaís Barca é uma receita de doce saudável com inhame que é excelente opção para crianças em fase de introdução alimentar, ou até mesmo para qualquer pessoa que queira relembrar os sabores da infância sem o acréscimo de açúcar, leite e aditivos químicos. Confira aqui a receita completa.

Colaborou: Beatriz Castro e Gabriel Gomes