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Insetos na alimentação: as barreiras culturais e as tendências globais

As espécies apropriadas para o consumo já fazem parte da alimentação de diversos povos e trazem grandes benefícios

Formiga no prato: inseto é crocante e estoura na boca como pipoca. Foto: Renato Jakitas/EstadãoFoto: Renato Jakitas/Estadão

Os insetos são parte crucial da alimentação de diversos povos ao redor do mundo, e embora as espécies legalmente classificadas próprias para o consumo sejam grandes fontes de proteínas e ácidos graxos, em determinados lugares, as iguarias que as utilizam como ingrediente sofrem muita resistência cultural.

Isso acontece porque muitos assimilam insetos à sujeira e/ou à peçonha, fora a estranheza das texturas dos artrópodes, que fogem das texturas já conhecidas por aqueles cuja dieta é baseada em carnes, folhas e grãos. Há, no entanto, alguns modos de inserir insetos na alimentação sem causar tanto espanto.

Tirando o fato de que boa parte dos produtos que consumimos no dia a dia já tem pequenas porcentagens de fragmentos de insetos, como em chocolates, sucos, cafés, entre outros industrializados ou artesanais, existem bolos, homus, molhos, pães e até bebidas que os utilizam de forma triturada e praticamente imperceptível.

Na Finlândia, por exemplo, a Fazer Bakery oferece pães à base de farinha de inseto. No Reino Unido, o renomado restaurante Grub Kitchen tem um cardápio contemplado de ponta a ponta com diversos hexápodes, incluindo homus feito de larva-da-farinha e grilo temperado com pimenta, segundo o Guia Michelin.

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