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Insetos no prato? Saiba quais espécies são apropriadas para consumo

Com mais de 1 milhão de espécies no mundo, mais de 300 podem ser ingeridas livremente

PEQUIM - ALÉM DO ESPETINHO:Por falar em comida, não é preciso ser corajoso para saborear a gastronomia local. Além de iguarias difíceis ao paladar ocidental, como cavalos-marinhos, escorpiões e insetos fritos – vendidos em barraquinhas nos hutongs, as estreitas ruas antigas da cidade –, também há o delicioso hot pot, o milenar fondue chinês com carnes, vegetais e cogumelos. Nas caminhadas pela cidade, prepare olhos e narinas: a poluição do ar é intensa, visível e, em alguns momentos, irritante. Também incomoda a profusão de guardas, fortemente armados, espalhados sobretudo nos pontos turísticos. Check-points com detectores de metais são comuns – e com filas. A dica, portanto, é sair do hotel com o mínimo de itens à mão. Foto: ReutersFoto: Reuters

A entomofagia - isto é, o consumo direto de insetos e/ou de seus produtos pelos seres humanos - não é algo novo no universo gastronômico. No Brasil, por exemplo, uma das iguarias que simbolizam isso é a farofa de içá, feita com formigas saúva. No respeitado D.O.M, comandado pelo chef Alex Atala, as saúvas amazônicas estão em um dos pratos do menu degustação, e, ao redor do mundo, existem inúmeros restaurantes renomados, contemplados com estrelas Michelin, que utilizam insetos em seus preparos.

É comum que boa parte da população - em especial a ocidental - associe todo tipo de inseto à peçonha, no entanto existem mais de 1 milhão de espécies no planeta, e entre eles 1900 tipos comestíveis, nomeados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.

Na lista estão presentes formiga, gafanhoto, lagarta, abelha, grilo, besouro, entre outros, e só na categoria besouro existem 350 tipos seguros para serem consumidos.

Na verdade, conforme aponta o Guia Michelin, os insetos já fazem parte da indústria alimentícia em mais setores do que se imagina, visto que certos alimentos contém fragmentos de insetos. É o caso dos grãos de café, que podem ter até 10% de restos dos pequenos animais invertebrados, e dos sucos de fruta, que podem ter ovos de moscas, todos em quantidades não prejudiciais à saúde.

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