Presente no churrasco, acompanhando algumas versões de massa ou os clássicos arroz e feijão durante o almoço e o jantar, e até mesmo fazendo parte de sanduíches, a linguiça é um dos embutidos mais populares do Brasil, normalmente feito com carne suína, assim como o salame.
Os dois alimentos têm a mesma matéria-prima e não são tão diferentes quanto parece. O especialista em charcutaria artesanal Mário Portella explica que é normal confundir as carnes porque “no Brasil, culturalmente convencionou-se chamar de linguiça todo tipo de carne processada, majoritariamente a suína, envolta em tripa, principalmente as frescas”.
No entanto, o salame e outras carnes, por mais que se originem do porco, não podem ser chamados de linguiça. E o principal fator que difere os alimentos é o período de cura. A linguiça, seja fresca ou semisseca, passa por um tempo moderado de cura e de defumação, enquanto o salame é salgado durante um período mais longo.
Ainda, se a mesma carne suína for emulsionada antes de ser envolvida em alguma tripa, pode se tornar mortadela ou salsicha, conforme aponta a matéria ‘Embutido ou linguiça?’, por Rafael Tonon, disponível aqui.
Em suma, para não esquecer: linguiça é fresca ou semisseca. Se continua curando, vira salame. E se for emulsionada antes de embutir vira mortadela ou salsicha.