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O café expresso perfeito existe? Cientistas descobrem a fórmula secreta

Publicação na Matter destaca como a adição de água durante a moagem pode transformar o sabor do café expresso, abrindo novos caminhos para a indústria

TQ  ESPÍRITO SANTO DO PINHAL 21.09.2023 ECONOMIA EXCLUSIVO EMBARGADO ENOTURISMO TURISMO RURAL CAFÉ VINHO Passeio com a guia Andrea Squilace de Carvalho, que criou o roteiro "Do genoma à xícara", onde contextualiza a cidade e sua história intrínseca com o café.  Cidade localizada cerca de 200 km da capital, vive um boom de novos negócios relacionados ao enoturismo e ao turismo rural de luxo. Tradicionalmente voltado ao cultivo do café, Espírito Santo do Pinhal recebeu novas vinícolas que aproveitam a combinação de um ótimo solo e clima com as técnicas desenvolvidas na Epamig para cultivo da uva. FOTO TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO. Foto: Tiago Queiroz/EstadãoFoto: Tiago Queiroz/Estadão

Pesquisadores da Universidade de Oregon fizeram uma descoberta significativa no mundo do café expresso, conforme revelado em um estudo publicado na prestigiada revista Matter. A pesquisa, que se concentra na influência da água na qualidade do café expresso, oferece insights valiosos para entusiastas e profissionais do setor.

Segundo informações divulgadas pelo The Guardian, o estudo envolveu uma análise abrangente de diferentes tipos de grãos de café, incluindo variedades lavadas, descafeinadas e naturais, bem como seus métodos de processamento. Os resultados indicam que a utilização de água durante a moagem pode significativamente aprimorar a consistência e o sabor do café.

Um aspecto notável da pesquisa é a solução encontrada para um problema recorrente na indústria do café: a aglomeração de partículas no moedor. A adição de água, além de minimizar o desperdício, mantém a intensidade do sabor, contribuindo para uma experiência de degustação mais rica.

Christopher Hendon, professor associado de química na Universidade de Oregon, detalhou os efeitos da água no processo: “A água não apenas reduz a eletricidade estática e, portanto, reduz a bagunça durante a moagem, mas também pode ter um grande impacto na intensidade da bebida e, potencialmente, a capacidade de acessar concentrações mais altas de sabores favoráveis’'.

Além disso, Hendon destacou as futuras direções da pesquisa, focando na formulação do expresso ideal. “Agora que sabemos quais configurações de moagem usar para fazer um expresso reproduzível, podemos começar a tentar entender quais fatores dão origem a diferenças sensoriais no sabor do café”, concluiu, apontando para um horizonte promissor no estudo do café.

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