Para entender como o café chega às prateleiras dos supermercados, é fundamental conhecer os processos que começam na cultivação e terminam na fabricação. Contrário à crença popular, nem todos os cafés são criados iguais. Com a evolução nos padrões de qualidade do café, a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) percebeu a urgência de implementar medidas que reduzissem as impurezas na bebida e, ao mesmo tempo, educassem os consumidores.
Uma dessas iniciativas é o Selo de Pureza, que começou a ser destacado nas embalagens, indicando os níveis de aditivos não derivados do processo de cultivo do café. Este selo garante que o consumidor esteja ciente do que está comprando.
Anos mais tarde, com objetivos semelhantes, a ABIC introduziu o Programa da Qualidade do Café (PQC). Este programa classifica os cafés em quatro categorias distintas - Gourmet, Superior, Tradicional e Extraforte - cada uma identificada por um símbolo específico após rigorosas análises.
Essas medidas são parte de um esforço mais amplo para reverter a tendência de declínio na qualidade do café, um fenômeno que Ensei Neto analisou detalhadamente em seu artigo. Através desses programas, a ABIC busca não apenas melhorar a qualidade do café disponível para os consumidores, mas também restaurar a reputação do café brasileiro.