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Relatório denuncia manipulação infantil por embalagens de alimentos; entenda

Alimentos com aditivos prejudiciais à saúde têm sido cada vez mais introduzidos de forma antiética na alimentação das crianças, alega organização inglesa Bite Back

Crianças estão entre o grupo com a maior taxa de crescimento de obesidade no Brasil. Foto: Valéria Gonçalves/EstadãoFoto: Valéria Gonçalves/Estadão

Algo que se vê com muita frequência em alimentos industrializados que normalmente são os favoritos das crianças é a escolha de design da embalagem, que possui uma paleta de cores chamativa e, em alguns casos, é acompanhada de personagens de desenhos animados.

A questão é que a maior parte dos produtos sob essas condições apresentam componentes altamente prejudiciais à saúde. Tendo isso em vista, um grupo de campanha chamado Bite Back, do Reino Unido, lançou um relatório alegando que grandes empresas alimentícias utilizam recursos visuais de forma antiética para manipular crianças, segundo o jornal The Guardian.

Estudos comprobatórios

O Bite Back promoveu uma pesquisa com especialistas em nutrição, que avaliaram 262 produtos que se enquadram no perfil de embalagens infantis e chamativas, todos fabricados por 10 das maiores empresas da indústria alimentícia. O estudo constatou que 67% dos alimentos com personagens no embrulho não são saudáveis, 78% têm alto teor de sal, gordura ou açúcar e 80% usavam estampas vivas, fontes divertidas e cores marcantes.

Produtos que se encontram nessas porcentagens

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A Bite Back apontou para selos que são mundialmente conhecidos e inclusive estão nos mercados brasileiros, como Kinder Surprise (o antigo Kinder Ovo), M&Ms, Danone, Kellogg’s, PepsiCo, Milka e Oreo. É válido lembrar que, no Brasil, esses e outros ultraprocessados possuem um selo frontal da Anvisa com um símbolo de lupa para informar o consumidor acerca de altos teores de sódio, açúcar ou gordura.

Mais atuações da Bite Back

Agora com o relatório em mãos, o presidente-executivo da organização, James Toop solicitou aos ministros do Reino Unido para “introduzir novas regulamentações para restringir essas táticas sinistras dos gigantes da ‘junk food’ [isto é, as multinacionais que fabricam comida ultraprocessada], enquanto caminhamos sonâmbulos para uma crise de saúde evitável”.

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