O chef Rodrigo Oliveira conversou com o Paladar onde contou mais sobre a trajetória do restaurante e o que espera do futuro dele.
De acordo com ele, antes de pensar em como o Mocotó estará daqui alguns anos, é preciso pensar no futuro da própria gastronomia brasileira que ainda precisa começar a se mostrar mais para o mundo, em um movimento que outros países, como Peru e Dinamarca, já fizeram.
“Acredito que ainda estamos formando uma massa crítica, com expoentes começando a aparecer fora do eixo Rio-São Paulo. É algo fundamental. Qualquer grande destino gastronômico no mundo, você vai e consegue comer bem no país inteiro. Você viaja o país em busca de grandes experiências e encontra um nível altíssimo. E encontra”, diz Rodrigo.
Ele complementa dizendo que um dos caminhos possíveis é “gastrodiplomacia”, que é o soft power, como disse Joseph Nye, quando fala sobre países que conquistaram espaço no mundo sem o uso da força: “Tem que existir um plano de governo que olha para a gastronomia e turismo de maneira singular. Sem reconhecer a importância da gastronomia, nunca vai acontecer. É preciso posicionar o Brasil”.
Apesar do cenário não muito animador para o Brasil, ele fiz que agora a missão do Mocotó é pensar nos próximos 50 anos.
“Foco são os próximos 50 anos: em que mundo a gente vai viver? Qual será o cenário daqui a 10 ou 20 anos?”, questiona Rodrigo Oliveira. “As previsões não são otimistas. Então, como um restaurante, que tem a capacidade de restaurar um indivíduo, pode restaurar o senso de comunidade?”, reflete.
Rodrigo também falou sobre sua paixão pela gastronomia brasileira e muito mais. Confira a entrevista completa aqui.
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