Rodrigo Oliveira, dono do Mocotó, conversou com o Paladar e contou mais sobre a sua relação com a gastronomia brasileira e como isso move a sua carreira.
Hoje, mesmo já tendo uma carreira bastante consolidada e com seu restaurante como um dos protagonistas da cidade de São Paulo, ele conta que continua com o desejo de sempre ajudar e melhorar a gastronomia do país.
Ele conta que sua participação no MasterChef e no Iron Chef, reality da Netflix em que ele é um dos participantes convidados, foi muito motivada por essa ambição.
Segundo Rodrigo, ele tinha medo de ficar exposto ao ridículo. No entanto, tudo mudou quando ele entendeu que o programa seguiria por um caminho de construção. “Me convenceram que esses [os participantes] estão fazendo um trabalho incrível nas gastronomia, mas que ainda não conseguiram se lançar. Os “iron chefs” poderiam fazer uma grande diferença. Não é por mim, é pela gastronomia brasileira. Foi um golpe baixo. Aí topei”, conta Rodrigo, lembrando feliz da oportunidade.
Além disso, para reforçar seu carinho pela gastronomia local, ele enfatiza que não é afeito aos “códigos” da alta gastronomia e conseguiu construir uma linguagem que foge disso.
“A gastronomia exalta o exclusivo. O mais raro, o mais caro, quanto menos gente melhor. A gente é uma família de origem sertaneja na periferia de São Paulo. Imagina a gente ostentar exclusividade ou buscar isso? Em um país que já é tão excludente? Não faz sentido. Se não é fazer você se sentir exclusivo, é fazer você se sentir parte. Parte dessa comunidade, desse propósito de exaltar a cozinha brasileira, sertaneja e nordestina’, diz o chef.
Confira a entrevista completa aqui.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.