Os dadinhos de tapioca que conquistaram o Brasil marcam o início de uma nova fase do Prêmio Paladar. Para celebrar os 20 anos do caderno que mudou a forma como falamos de gastronomia no país, o chef Rodrigo Oliveira é o primeiro convidado da série de vídeos que resgata pratos marcantes e histórias que viraram parte da memória paulistana.
Criador do famoso petisco e dono de uma trajetória que começou na Vila Medeiros e chegou até Los Angeles, Rodrigo relembra como os dadinhos, que nem estavam no cardápio no início, se transformaram em símbolo de uma cozinha brasileira afetiva. Saiba mais na matéria de Fernanda Meneguetti.
Como surgiram os dadinhos de tapioca?
A receita nasceu em 2005, quando Rodrigo tinha 23 anos e acabava de retornar de uma longa viagem de pesquisa pelo Nordeste. O petisco foi testado fora do cardápio, servido apenas aos finais de semana, com uma certa desconfiança: “a gente servia com vergonha, porque não era bem um bolinho”, conta o chef.
O que ele não esperava era a reação imediata do público. Os dadinhos logo viraram motivo de visita ao restaurante e passaram a integrar o cardápio fixo. Hoje, são presença garantida em todos os estabelecimentos comandados por Rodrigo.
Um clássico brasileiro
Ao longo dos anos, o chef foi refinando a receita. Atualmente, ela leva leite tipo A, um queijo coalho exclusivo da Fazenda Atalaia e tapioca com granulometria controlada, sempre do mesmo fornecedor. A técnica de fritura precisa garante a crocância e o visual estufadinho que tornaram o petisco inconfundível.
Presente no Mocotó (Vila Medeiros e Vila Leopoldina), no Balaio (Avenida Paulista), no Café do Mercado de Pinheiros e até no Caboclo, em Los Angeles, o dadinho de tapioca virou um clássico da cozinha brasileira contemporânea.
De volta ao Paladar
Além de criador de um dos petiscos mais queridos do país, Rodrigo Oliveira é também um dos personagens mais marcantes da história do Prêmio Paladar. Já foi premiado por receitas como carne de sol artesanal e nhoque de mandioca, e homenageado por chefs como Erick Jacquin.
Agora, com o retorno do prêmio previsto para agosto, Rodrigo dá início às comemorações com um vídeo especial sobre sua trajetória, seu olhar sobre o futuro da gastronomia e, claro, a história do petisco que virou ícone.
“Combinar tradição com inovação e deixar o mundo um pouco melhor para quem está vindo aí” é como o chef resume sua missão atual — e o espírito dessa nova fase do Prêmio Paladar.