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Tacacá: do que é feito o prato regional que se popularizou no país inteiro?

De origem paraense, a iguaria leva não apenas os ingredientes, mas os utensílios certos

Tacacá. Foto: Codo Meletti| EstadãoFoto: Codo Meletti| Estadão

Ao longo de 2023, entre os grandes virais da internet esteve a música ‘Voando Pro Pará', interpretada pela famosa cantora Joelma, lançada há alguns anos, em 2016. Seu primeiro verso - que diz: “Eu vou tomar um tacacá [...]” - chamou a atenção dos internautas brasileiros para a iguaria, tornando-a uma das comidas mais procuradas do ano no Google, ficando à frente de termos como “bolo alagado”, “temaki frito”, entre outros.

O prato de origem paraense leva goma de mandioca, alho, jambu, chicória, tucupi, camarão seco e é temperado com sal e pimenta. Apresentação também faz parte da experiência de consumi-lo, por isso o tacacá é categoricamente servido quente em uma cuia fabricada a partir de uma planta chamada crescentia cujete, popularmente chamada de cuieira.

De acordo com Maria Clara Rossini, repórter da Super Interessante, o tucupi, o caldo amarelo que faz parte do prato, é um dos ingredientes mais importantes, responsável por conferir o sabor principal. É um líquido extraído da mandioca-brava (e não da macaxeira), fervido e fermentado. Seu preparo deve ser seguido à risca para que o veneno se esvaia.

Já a goma de mandioca é fervida por longas horas até obter o aspecto viscoso e transparente, e depois misturada aos camarões e às folhas de jambu, que deixam a boca dormente. Ainda, existe um jeito certo de comer tacacá, que nada tem a ver com garfo e colher. O único utensílio que deve ser utilizado é o palito de madeira para as partes sólidas, o caldo deve ser bebido direto da cuia.

Por ser muito popular na região amazônica, iguaria tem algumas variações, assim como o açaí, que é doce para o Sudeste e Salgado para o Norte. Se no Pará sua característica principal é o azedume e a acidez, no Amazonas o tucupi é mais adocicado e leve.

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