A ceia de Natal costuma ter um menu complexo, que é de água na boca e que pede vinhos encorpados. No entanto, esse estilo da bebida não é a mais recomendada para os dias quentes. A solução, portanto, é tentar harmonizar as receitas com tintos leves diante de um Natal tropical, como destaca Suzana Barelli, na coluna Le Vin Filosofia.
Tintos menos concentrados
Você pode aproveitar a tendência de vinhos mais frescos e com um menor estágio em barricas de carvalho. Até a cabernet sauvignon, que é a uva que melhor combina com o cordeiro, tem a sua versão sem passagem por madeira, o que pode ajudar na hora da harmonização.
Uma boa escolha é o argentino Fabre Montmayou Temporada Cabernet Sauvignon 2022, que traz notas mais frutadas e, se o molho do cordeiro não estiver tão concentrado, pode até combinar com o vinho.
Tintos elaborados com uvas mais delicadas
Outra opção é ir para os tintos elaborados com uvas mais delicadas. A pinot noir é o melhor exemplo disso, assim como a gamay, que dá origem aos beaujolais. Só fuja do beaujolais nouveau, que tem uma outra proposta e técnica de elaboração.
Você ainda pode apostar em cabernet franc que, no Loire, ao contrário de Bordeaux e da Argentina, dá origem a vinhos mais delicados. O exemplo do Loire nem é da cabernet franc, mas da malbec que, também no Loire, se revela mais delicada, como mostra o La Part du Colibri Côt 2021.
Outras uvas
Há outras uvas que dão origem aos tintos leves, como a tempranillo espanhola, usada nos vinhos classificados como jovem, que equivale àqueles com curto estágio em barricas.
Reservas e Gran Reservas tem estágios prolongados em barricas de carvalho. O Posadas Viejas Tempranillo 2022, da Martinez Bujanda, é uma boa escolha.